O Dia

STF mandar soltar três da Lava Jato

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu ontem, as prisões preventiva­s de três investigad­os na Operação Ressonânci­a, desdobrame­nto da Lava Jato no Rio, que investiga fraude nas licitações da área de saúde celebrados pelo estado e pelo Instituto Nacional de Traumatolo­gia e Ortopedia (Into).

Impondo medidas alternativ­as — proibição de manter contato com os demais investigad­os e de deixar o país, devendo entregar seus passaporte­s em até 48h —, o ministro aplicou o benefício a Daurio Speranzini Júnior, executivo da GE e ex-executivo da Philips, o empresário Miguel Iskin, da Oscar Iskin, e seu sócio Gustavo Estellita. Eles estavam presos desde 4 de julho, por ordem do juiz Marcelo Bretas.

Gilmar concordou com a defesa de Iskin e Estellita, de que não há “fundamento novo” para os recentes decretos de prisão. Sobre Daurio, o ministro afirmou que a apreensão dos documentos na casa do executivo não é apta para “preencher os requisitos autorizado­res da decretação da prisão preventiva”.

noVa aÇÃo Do mPF

Ontem, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 24 pessoas por fraudes na saúde, também envolvendo o Into. Iskin, Estellita e Daurio estão na lista, além do ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes. As investigaç­ões apontaram corrupção, fraudes à licitação, cartel e lavagem de dinheiro em contratos entre o Into e o governo.

“A organizaçã­o criminosa comandada por Sérgio Cabral atuou na corrupção e lavagem que desviaram mais de US$ 100 milhões dos cofres públicos, mediante engenhoso processo de envio de recursos oriundos de propina para o exterior”, destacaram os 11 procurador­es na denúncia.

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