Maduro lança ofensiva após suposto atentado
Presidente venezuelano acusa ex-chefe do Parlamento e outro deputado, já preso
Ogoverno da Venezuela afirmou ter chegado aos “autores intelectuais” do suposto atentado de sábado, com a ajuda de drones, contra o presidente Nicolás Maduro. Apresentando provas e dizendo que os homens detidos no dia do ataque confessaram seu envolvimento, Maduro anunciou na TV de um processo contra dois deputados opositores, um dos quais, Juan Requesens, foi preso.
Durante um longo discurso, Maduro acusou ainda o exchefe do Parlamento, o exilado Julio Borges, de estar vinculado ao ataque com drones carregados de explosivos.
O governo informou que os suspeitos receberam o pagamento de US$ 50 milhões. “Ofereceram US$ 50 milhões e estadia nos Estados Unidos (aos autores do ataque)”, diz o narrador dos vídeos divulgados em uma rede de rádio e televisão.”Os terroristas treinaram entre abril e junho na Colômbia”, continua, acusando os EUA de financiar a operação.
“Todas as declarações (dos seis detidos como autores do atentado) apontam para Julio Borges, que vive em uma mansão em Bogotá amparado pelo governo da Colômbia. Sabemos que ele tem a covardia para participar deste tipo de evento”.
Após a mensagem de Maduro, o Primeiro Justiça denunciou a detenção de Requesens pelo serviço de inteligência da Venezuela.
O presidente afirma que Borges e Requesens foram citados pelo sargento da reserva Juan Carlos Monasterios, um dos supostos autores do ataque.
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ordenou “a imediata detenção dos congressistas” sob a acusação de tentativa de homicídio doloso qualificado, destacou a corte, em comunicado. A Assembleia Constituinte retirou a imunidade parlamentar dos dois.