O Dia

Outro miliciano é suspeito da morte de Marielle

Polícia Federal afirma que há a possibilid­ade de Wellington da Silva Braga, o Ecko ter dado o aval para a execução da vereadora

- BRUNA FANTTI bruna.fantti@odia.com.br

A morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista vai completar 150 dias amanhã e o envolvimen­to de milicianos e políticos é a principal linha de investigaç­ão. Agora, investigad­ores voltam os olhos para a maior milícia do Estado: a de Três Pontes, que se estende da Baixada a Santa Cruz.

De acordo com a Polícia Federal, que acompanha as investigaç­ões, há a possibilid­ade de Wellington da Silva Braga, o Ecko, ter dado o aval para a execução. O pedido teria partido do seu irmão, Luiz Antônio Braga, o Zinho. Ele teria ligação com um vereador que já é alvo da investigaç­ão na Delegacia de Homicídios.

Segundo a hipótese, Zinho manteria relações comerciais na Zona Oeste com esse vereador, que por sua vez teria Marielle como desafeto. Até agora, a polícia investigav­a outra milícia, a de Curicica, baseada no depoimento de uma testemunha.

Essa testemunha apontou o vereador Marcelo Siciliano como um dos mandantes do crime. Ele também citou um desafeto seu, o miliciano Orlando Araújo, como um dos articulado­res dos assassinat­os. Siciliano negou.

DEPUTADOS INVESTIGAD­OS

A Revista Veja publicou, ontem, que o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) confirmou informação de que os deputados presos Edson Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo (MDB) são investigad­os pelo crime. Segundo a revista, Freixo disse que delegados do caso perguntara­m a ele e a procurador­es do Ministério Público Federal se aceitariam depor no inquérito para falar sobre o caso dos três políticos. To- dos disseram que sim, mas não foram chamados.

“Trata-se de hipótese fantasiosa, indigna de fé e contra tamanha irresponsa­bilidade serão tomadas as medidas judiciais cabíveis, nas esferas cível e criminal”, disse defesa de Albertassi.

Picciani também respondeu: “Freixo é um irresponsá­vel, sem nenhum limite ético na sua ambição política. Na sua ânsia incontrola­da de se promover sobre uma tragédia que abalou o país, age de maneira abusiva. Sem nenhum indício, acusa a esmo e de máfé qualquer opositor político no afã de se manter na mídia”.

 ?? MÁRIO VASCONCELL­OS / CÂMARA MUNICIPAL DO RIO ?? Marielle Franco foi assassinad­a no dia 14 de março deste ano
MÁRIO VASCONCELL­OS / CÂMARA MUNICIPAL DO RIO Marielle Franco foi assassinad­a no dia 14 de março deste ano

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