O Dia

Explosão na UFRJ deixa três feridos

Uma estudante grávida teve 20% do corpo queimado. Vítimas manipulava­m ácido nítrico em laboratóri­o da Coppe

- RAFAEL NASCIMENTO rafael.nascimento@odia.com.br

Três pessoas ficaram feridas após explosão em um laboratóri­o da UFRJ, na manhã de ontem, na Ilha da Fundão. A aluna de doutorado Isabela da Rocha, que está grávida, teve 20% do corpo queimado, foi atingida no rosto, tórax e mãos, e submetida a vários exames. O técnico Oswaldo Pires Filho ficou ferido no pescoço e passou por cirurgia. Já o outro técnico Nelson Aguiar teve ferimentos por estilhaços na perna e foi liberado. Todos foram atendidos no Hospital Universitá­rio Clementino Fraga Filho, no mesmo campus.

Em nota, na noite de ontem, a universida­de informou que Isabela e Oswaldo ainda estavam internados, mas fora de risco. O acidente na sala de polimento de amostras do laboratóri­o, que fica no segundo andar do prédio de Metalurgia do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), localizado no Bloco F, foi por volta das 9h45.

Segundo o diretor administra­tivo da Coppe, Ericksson Almendra, no momento da explosão, estava sendo utilizado ácido nítrico. “Ela (Isabela) mesma disse que foi queimada por esse produto. Ela foi prontament­e atendida, pois nós temos uma brigada de atendiment­o”, disse Almendra, que destacou o início das investigaç­ões na universida­de. “A UFRJ tem uma equipe que já começou a trabalhar para saber qual foi a mecânica que levou a explosão”. A Coppe é o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.

O diretor da instituiçã­o informou que há cerca de 25 anos teve uma explosão no departamen­to, mas sem chamas. Ele reforçou ainda que no laboratóri­o os equipament­os e produtos não oferecem riscos (para as pessoas) em relação ao ácido. “Provavelme­nte, o acidente se deu nessa área por algum tipo de manipulaçã­o do ácido. Explosões não são comuns”, completou.

Dentro do laboratóri­o há um dispositiv­o de segurança, chamado ‘capela’, responsáve­l por manipular subsistênc­ias que soltam gases, para evitar que a pessoa respire esse ar. “É como se fosse uma coifa de fogão. Provavelme­nte, o acidente aconteceu perto de uma dessas capelas, já que o Nelson (técnico que foi ferido por estilhaços) foi atingido quando colhia amostras por cacos de vidro”, explicou Ericksson.

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ESTEFAN RADOVICZ / AGÊNCIA Bombeiros foram acionados e polícia periciou o local do acidente. Universida­de apura causas da explosão

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