30 cursos gratuitos para quem tem mais de 50
Várias instituições no Rio oferecem oportunidades de aprendizado em áreas diversificadas do conhecimento, sem precisar que o aluno tenha que gastar nada.
Idade não é mais desculpa para que idosos voltem a frequentar cursos — muitos, profissionalizantes, inclusive — de diversos tipos e ramos. Por todo o estado há oportunidades oferecidas gratuitamente ou mediante a taxas simbólicas, por prefeituras, igrejas, universidades e associações, como as sugeridas no quadro ao lado. Além de aumentar o conhecimento, especialistas e pesquisas comprovam que pessoas acima de 60 anos, que continuam em movimento, estão longe de contrair doenças, como a depressão, artrites e artroses.
É o caso da cozinheira aposentada Tereza Luciana da Silva, de 62 anos, que mora em Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada. Quarenta e oito anos depois, graças ao projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, no seu bairro, ela voltou a frequentar a sala de aula.
“Depois que comecei a estudar, iniciei também um curso de confeitaria, pois sou apaixonada por bolos. Agora também sei medir certo os ingredientes”, comemora Tereza, mãe de seis filhos e avó de 12 netos. “Comecei a estudar aos 9 anos, mas parei aos 12 para trabalhar em casa de família”, lembra a aposentada, uma das mais de 5,2 mil integrantes do EJA.
Levantamento da ONU mostra que até 2050, os idosos irão corresponder a 25% da população mundial, o equivalente a 2 bilhões de pessoas. Doenças relacionadas ao ostracismo nessa faixa etária preocupam.
“A solidão, isolamento e falta de ocupação, são alguns dos motivos que mais adoecem idosos. Qualquer curso estimula não só a socialização, como a memória, a motricidade e alegria de viver. Faz renascer a conexão afetiva, remetendo-o à utilidade, ao bem -estar, à recíproca amorosa”, diz Márcia Modesto, psicóloga, psicanalista e terapeuta.
Juliana Risso, especialista em Medicina integrativa, hi-
pertrofia muscular e longevidade, garante que exercícios moderados, proporcionados pelas atividades nos cursos, podem aumentar o tempo de vida. “Em contrapartida, o sedentarismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, entre elas as coronarianas, além de outras crônicas, como obesidade, resistência insulínica (diabetes tipo II) e hipertensão arterial”.
Especialistas destacam que manter ocupação na terceira idade previne doenças
Cursos estimulam a socialização, a memória, a motricidade, a alegria. Faz renascer a conexão afetiva MÁRCIA MODESTO, psicóloga
Colaboraram Aline Cavalcante e o estagiário Gabriel Thomaz