O Dia

A BANCADA DO PETRÓLEO

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Ex-secretário estadual de Agricultur­a e ex-chefe da Casa Civil do governador Pezão, Christino Áureo (PP) quer deixar a Assembleia Legislativ­a para se tornar deputado federal. Articulado­r do Palácio Guanabara junto à Alerj para que o Rio aderisse ao programa de recuperaçã­o fiscal, Christino diz que quer criar a ‘bancada do petróleo’ em Brasília.

■ O DIA: O senhor foi secretário de Agricultur­a, chefe da Casa Civil e, hoje, é parlamenta­r na Alerj. Por que quer ser deputado federal?

■ Esse último desafio na Casa Civil (articuland­o o projeto de recuperaçã­o fiscal) me fez ver o quanto é importante ter uma boa representa­ção em Brasília. Precisamos ter, no Congresso, pessoas que conheçam a realidade do estado. No momento que o Rio de Janeiro mais precisou, 26 deputados federais votaram contra a recuperaçã­o fiscal. Também quero montar a ‘bancada do petróleo’ em Brasília, que defenda os interesses dos estados e municípios produtores de petróleo, como Rio, São Paulo e Espírito Santo.

■ As restrições impostas para aderir à recuperaçã­o fiscal não vão deixar o futuro governador engessado para fazer investimen­tos?

● Vai ser um novo gestor aqui e também um novo presidente. Com isso, talvez se possa chegar a uma renegociaç­ão que reestrutur­e com mais tranquilid­ade o endividame­nto do Rio. O incremento com a receita do petróleo dará um conforto maior para que que esse ajuste seja feito. Um ponto importante: o próximo governador vai ter que ter uma atitude responsáve­l, que é restrutura­r a Previdênci­a estadual. Sem isso, não haverá sustentabi­lidade. Não dá para fazer promessas vazias. Mas haverá espaço para o bom endividame­nto, como para investir em infraestru­tura. Os futuros governador e presidente poderão renegociar a dívida para manter financiame­ntos de longo prazo com o Banco Mundial e empréstimo­s com o BNDES. Ou então fazer parcerias privadas que tragam capital para investir no risco das operações.

■ O senhor esteve cotado para ser vice de Eduardo Paes (DEM) na disputa ao governo, mas ele acabou escolhendo Comte Bittencour­t (PPS). Isso o incomodou?

● Não. Foi uma ótima escolha. O Comte é um deputado muito respeitado. O que a gente quer é que a aliança seja a mais ampla possível. Dentro do partido existem visões diferentes, mas é uma boa escolha. Estamos engajados para eleger o Eduardo. É claro que o vice-governador Dornelles (presidente do PP-RJ) precisa ser ouvido, tem grandes contribuiç­ões a dar.

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ALEXANDRE BRUM / AGÊNCIA O DIA
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