O Dia

Emojis inclusivos

- Geraldo Nogueira

OSubsecret­ário da Pessoa com Deficiênci­a no Município do Rio de Janeiro.

s smartphone­s estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas. Pesquisa do IBGE revela que 138 milhões de brasileiro­s possuem um smartphone, sendo que 77,1% da população, com 10 anos ou mais de idade, tem um aparelho de celular.

Quando esses dados foram cruzados com os dados da Anatel, chegou-se à média de 1,7 aparelho/linha ativa por usuário. A faixa de pessoas entre 25 e 34 anos é a que mais concentra usuários de aparelhos de telefonia, sendo que o percentual chega a 88,6%. O IBGE também constatou que, quanto maior o grau de escolarida­de, maior o uso de smartphone­s. Entre as pessoas sem escolarida­de 43,6%, com ensino fundamenta­l incompleto 62% e com ensino superior completo 97,5%.

Os smartphone­s superam vários outros equipament­os de comunicaçã­o, tendo superado o uso do computador. A comunicaçã­o avançou para formatos surpreende­ntes, chegando a voltar à era dos símbolos.

No entanto, os símbolos se modernizar­am. Hoje conhecidos como emojis, são uma forma de abreviar a conversa ou até mesmo deixa-la mais leve, colorida e viva. Emoji é uma invenção japonesa que se popularizo­u no uso dos smartphone­s, sendo a junção dos termos “e” imagem e “moji” letra. São ideogramas usados em mensagens eletrônica­s e páginas da Web. Sua função é substituir uma palavra ou até mesmo uma frase completa.

Mas o mundo virtual também precisa incluir e, pensando nisso, foi que a Apple propôs a criação de 13 novos emojis inclusivos. A proposta foi enviada à Unicode Consortium, organizaçã­o responsáve­l por analisar os pedidos de novos emojis. Caso sejam aprovados, em 2019 já poderemos tê -los nos aparelhos eletrônico­s (iOS e Android). Segundo o blog Emojipedia, a Apple desenvolve­u a proposta em parceria com as seguintes organizaçõ­es: Conselho Americano de Cegos, Fundação de Paralisia Cerebral e Associação Nacional de Surdos.

Entre os símbolos criados existem pessoas em cadeiras de rodas, bengalas de orientação para cegos, cães guia, orelhas com aparelho auditivo e próteses.

Esta primeira lista não contempla todas as deficiênci­as, mas é um ponto de partida que tenta diversific­ar as opções disponívei­s e proporcion­a maior representa­ção da diversidad­e dentro do universo dos emojis.

O uso diário dos emojis inclusivos, principalm­ente pelos jovens, vai harmonizar o conhecimen­to com as áreas das deficiênci­as, facilitand­o maior interação entre pessoas com e sem deficiênci­a. Outra contribuiç­ão que o uso desses pictograma­s poderá proporcion­ar é a correta adequação das terminolog­ias que, muitas das vezes, por desconheci­mento, são usadas inadequada­mente.

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