Parasoltarasferasnopalco
Quem está com saudade de abrir as asas e soltar as feras na noite carioca já pode comemorar. O musical ‘O Frenético Dancin’ Days’ chega ao Teatro Bradesco, na Barra da Tijuca, nesta sextafeira e vai reviver os tempos de glória de uma das boates mais badaladas do Rio na década de 1970, a Frenetic Dancing Days Discotheque.
“O musical conta a história muito bonita e divertida de um bando de doidões que fazem uma discoteca de sucesso em 1976 e tem músicas e danças absolutamente sensacionais”, garante Nelson Motta, um dos fundadores da extinta boate, que assina o texto da peça ao lado de Patrícia Andrade.
No fim dos anos 70, a cena disco já estava explodindo em Nova York, mas ainda não tinha chegado ao Brasil. A casa noturna foi responsável não só pela chegada deste movimento ao país, mas também pelo surgimento do grupo As Frenéticas.
Leiloca, Sandra Pêra, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves foram contratadas como garçonetes e, ao final da noite, faziam uma apresentação. O sucesso foi tanto que elas se tornaram “as rainhas da discoteca no Brasil”.
“Vínhamos de 12 anos de ditadura, censura e repressão. O Dancing Days foi uma ilha de liberdade e alegria. As pessoas estavam mesmo precisando soltar suas feras e cair na gandaia. As Frenéticas foram obra do acaso e, claro, do talento de seis garotas que eram atrizes desempregadas e começaram como garçonetes. No fim da noite, elas cantavam quatro músicas. Mas o sucesso foi tanto que a boate lotava de gente só para vê-las”, lembra Nelson Motta.
A surperprodução, que marca a estreia da coreógrafa Deborah Colker na direção teatral, conta com 16 atores e sete bailarinos escolhidos através de audições, à exceção de Stella Miranda, uma das