MILITARES MORTOS TIVERAM HISTÓRIAS E DESTINOS SEMELHANTES
Cabo e soldado mortos foram criados em Japeri e tinham filhos de 2 anos
L Os militares Fabiano de Oliveira Santos e João Viktor dos Santos, mortos na segunda-feira durante uma operação das Forças Armadas em favelas da Zona Norte do Rio, foram enterrados ontem no Cemitério do Mucajá, em Japeri, na Baixada.
Fabiano e João Viktor foram criados em Engenheiro Pedreira, distrito de Japeri, e enterrados lado a lado. Os dois tinham filhos, com a
mesma idade: 2 anos.
Muito abalada, a mãe de João Viktor chegou ao cemitério gritando: “Por que fizeram isso com o meu bebê?”. O soldado tinha 22 anos. “Ele queria crescer na
vida e fazer o melhor pelo filho e pela mãe. O sonho dele era esse e foi interrompido. Ele se despediu do filho no domingo, recebeu mensagem e foi trabalhar”, disse Mara Lima, tia da criança e
ex-cunhada do militar, de 41 anos. Ela trouxe o pequeno José no colo para acompanhar o sepultamento do pai.
Além de amigos e familiares, militares também estiveram presentes nos funerais, entre eles o general de Brigada Antonio Manoel de Barros. “Quero aqui externar, em nome do General Braga Netto, interventor Federal do Rio, em meu nome, e em nomes de outros militares nosso profundo pesar. Nós estamos aqui sofrendo junto com a família. Na vida militar, o soldado é como um filho, por isso que sofremos tanto assim. Nós temos, por dever e por acolhida, que prestar todo o apoio as duas famílias”, declarou o general.
Jair Bolsonaro, candidato à presidência da República, compareceu ao enterro de Fabiano.