O Dia

Macri apressa ajuda do FMI

Argentinos pedem adiantamen­to de empréstimo em tentativa de deter crise de confiança

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Àbeira de uma recessão, com 12% da população desocupada e moeda nacional sofrendo desvaloriz­ação - um dólar vale atualmente 34,5 pesos - o presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou, ontem, um acordo com o Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) para antecipar parte dos U$ 50 bilhões (R$ 206 bilhões) que já haviam sido combinados com o próprio Fundo para tentar recuperar a confiança no país até 2019.

“Na última semana tivemos novas expressões de falta de confiança nos mercados, especifica­mente sobre nossa capacidade de conseguir financiame­nto para 2019”, admitiu Macri. As agências de análise de risco aumentaram os índicesde risco do país vizinho em 23%.

A inflação acumula 19,6% no ano até julho, enquanto a projeção para o fim do ano supera os 30%. O dado aumenta a pressão sobre o governo de Macri, desde 2016 no poder.

O presidente e sua equi- pe econômica seguirá um rígido plano de ajuste fiscal para cumprir os compromiss­os com o FMI, que incluem meta de déficit fiscal de 2,7% do PIB em 2018 e de 1,3% em 2019. De 2015 a 2017, o déficit fiscal passou de 6% a 3,9% ao ano.

A redução do Estado, através de demissões, congelamen­to de contrataçõ­es, além do corte de subsídios às exportaçõe­s, tarifas dos serviços públicos e eliminação de benefícios em impostos para o setor industrial, tem sido a tônica argentina para atender às exigências do FMI.

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AFP PHOTO Presidente pediu socorro ao FMI para tentar salvar a economia do país

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