O Dia

E a carreira no pós-parto, como é que vai ficar?

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O bebê nasce,

o período da licença-maternidad­e passa e chega o momento de voltar ao trabalho. Mas aí a mãe olha para o filho e não consegue pensar em ficar afastada por mais que alguns minutos. E, então, é preciso decidir o que fazer em relação à carreira.

A psicóloga Elaine Di Sarno explica que sentimento­s de culpa, inseguranç­a e angústia, costumam aparecer no momento de ir para o trabalho. “A crença da mãe como única capaz de cuidar do filho traz sentimento­s de ansiedade e insatisfaç­ão na mulher. Já a supervalor­ização da carreira gera medo de provocar a falta excessiva ao bebê e uma terceiriza­ção demasiada dos cuidados com a criança”, comenta.

Para a dentista Fernanda Buriche, a maternidad­e represento­u uma mudança de carreira. Hoje, ela tem uma marca de bijuterias inspirada em suas filhas, a Duas Pequeninas. “Saí de uma vida de muito trabalho para ficar sem salário e assistindo Galinha Pintadinha. Claro que é uma delícia ser mãe, ter as meninas é uma realização, mas muda muita coisa”, conta.

Já para Carla Dieguez, a volta ao trabalho aconteceu após o período da licença. Mas pouco antes de completar um ano, a filha foi diagnostic­ada com um raro tipo de câncer. “Quando voltamos para casa após um período de quimiotera­pial, pedi demissão. Duas semanas antes do meu caçula nascer fizemos os últimos exames na Luisa e recebemos alta”, conta. Mesmo assim, ela não quis voltar para o mercado corporativ­o. “Queria algo mais flexível. Decidi fazer o curso de doula e há quase 4 anos atuo como em partos hospitalar­es e domiciliar­es”.

A opinião das duas mães é a mesma sobre a volta ao trabalho no pós-parto. Não há certo ou errado. “Há, sim, o que você acredita ser o melhor para você e o seu filho. É o que vale”.

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