Comlurb investe na coleta seletiva
AComlurb acaba de lançar duas iniciativas para incentivar a adesão da população do Rio à coleta seletiva. A primeira é um questionário que está sendo distribuído a 10.200 moradores e síndicos de prédios para saber o que acham e consideram incluir no serviço prestado pela Comlurb.
O trabalho será por amostragem e o objetivo é utilizar os resultados para adequar melhor o serviço para que a população participe mais do processo de separação dos recicláveis em suas casas.
A segunda foi a renovação total da frota de coleta seletiva. São 17 novos veículos, mais modernos, ágeis e desenvolvidos especificamente para o transporte deste tipo de resíduos. Além de terem mecanismos que reduzem os esforços físicos dos garis que atuam nessa área, inclusive alguns com guindaste hidráulico para facilitar a colocação de materiais mais pesados. Toda a nova frota também tem porte menor para garantir maior mobilidade e alcançar ruas mais estreitas, inclusive comunidades.
Atualmente, a coleta seletiva atende a 113 bairros, abrangendo 4,2 milhões de pessoas. A meta da Comlurb é alcançar todos os 160 bairros da cidade. Mas a questão não é apenas ampliar o raio do serviço, mas também ganhar maior adesão da população. Isso porque os caminhões circulam com a ocupação inferior a sua capacidade. O serviço que é realizado porta a porta uma vez por semana, em dias alternados aos da coleta domiciliar, funciona de segunda a sábado, em dois turnos, inclusive feriados, atendendo perfeitamente a demanda.
De acordo com o SNIS – Sistema de Informações sobre o Saneamento, do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, o Rio de Janeiro se encontra entre as sete capitais que mais reciclam, ficando atrás de Brasília, Porto Alegre, Maceió, Curitiba, São Paulo e Campo Grande.
Hoje coletamos cerca de 10% do percentual máximo de 30% de resíduos potencialmente recicláveis. Se a população aderir mais a separação dos recicláveis dentro de casa, podemos alcançar a meta mais alta.
É muito simples, basta separar os resíduos secos e limpos dos úmidos e orgânicos. Além de colaborar com o planeta, já que reduz a quantidade de lixo levada para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica, aumentando a vida útil do aterro, garante emprego, renda e a sobrevivência digna de muitas famílias.
Todo o resíduo reciclável recolhido é encaminhado a 22 cooperativas de catadores cadastradas na Comlurb, que fazem a separação, enfardamento e comercializam com empresas recicladoras. Não temos outra saída para questão ambiental que não seja aderir aos 3 Rs da sustentabilidade (Reciclar, Reduzir e Reutilizar). Estamos investindo para isso.