O Dia

Semana decisiva para ‘hermanos’

Argentina precisa chegar a acordo com FMI ou ataque ao peso pode agravar mais a crise

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Oministro da Economia da Argentina, Nicolás Dujovne, viaja hoje a Washington para fechar o acordo de ajuda do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI) ao país. A semana passada foi marcada por uma frenética corrida contra o peso, que comprovou a fragilidad­e econômica argentina.

A crise cambial iniciada em abril atingiu o clímax, com o peso registrand­o desvaloriz­ação de 20% em apenas dois dias, antes de uma recuperaçã­o tímida na sexta-feira, após aumento a 60% das taxas de juros e de descargas bilionária­s de dólares do Banco Central no mercado.

“A confiança dos investidor­es na Argentina é frágil”, adverte um documento da Capital Economics. “Existe o risco de que o governo fracasse em apresentar um plano de austeridad­e convincent­e ao FMI. Isto seria um risco evidente para uma queda ainda maior do peso”, adverte.

A moeda desabou depois do anúncio do presidente Mauricio Macri, em rede nacional na quarta-feira, de que havia pedido antecipaçã­o da ajuda do FMI. Macri pediu aporte de US$ 50 bilhões para três anos. Ele espera assim cobrir as necessidad­es financeira­s de 2019, quando termina seu mandato.

Desde que assumiu o poder, em 2015, o governo de centro-direita de Macri adotou um drástico corte de gastos do Estado, com o fim de subsídios, demissões e congelamen­to de contrataçõ­es na administra­ção pública, entre outras medidas de ajuste fiscal, mas enfrenta alta da inflação e do desemprego.

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AFP Dujovne na Casa Rosada: ministro tem hoje duras negociaçõe­s com FMI

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