O Dia

Com Maraca lotado, Fla perde e afunda na crise

Derrota para o Ceará deixa time mais distante do líder. Mauricio Barbieri balança

- Marcelo.bertoldo@odia.com.br

Colorido em vermelho e preto, o lotado Maracanã não se silenciou na derrota de 1 a 0 para o Ceará. O barulho, porém, foi de protesto. Os mais de 60 mil presentes não perdoaram o tropeço para o penúltimo colocado do Campeonato Brasileiro. Sobraram vaias, em especial, para o xodó Lucas Paquetá e o presidente Eduardo Bandeira de Mello. Ao perder a chance de seguir na cola do líder São Paulo, o Flamengo continua sem uma resposta à altura para a sua torcida após a eliminação na Libertador­es.

“Foi uma derrota dura, difícil e inadmissív­el. Em casa não fomos capazes de fazer valer nossa força. Temos que pensar no Internacio­nal e buscar soluções”, disse o técnico Mauricio Barbieri.

Com 41 pontos, o Flamengo segue em terceiro lugar, com evidentes sinais de queda de rendimento e pouca perspectiv­a de melhora. A merecida barração de Rodinei não foi suficiente para acalmar o clima na arquibanca­da. O excesso de troca de passes improdutiv­os, a demora de Paquetá para soltar a bola e a ineficácia de Henrique Dourado irritaram o torcedor.

VESTIÁRIO QUENTE

Reforços milionário­s, Vitinho e Uribe, que juntos recebem mais de R$ 1 milhão, começaram no banco de reservas e pouco acrescenta­ram quando entraram em ação. Com exceção da tentativa de gol olímpico de Diego, que parou no travessão, o Ceará teve as chances mais perigosas durante o o jogo no Maracanã.

O gol da vitória, de Leandro Carvalho, ex-Botafogo, contou com falha de Diego Alves. Ao coro de ‘time sem vergonha’, o Flamengo deixou o gramado. Abatido, Mauricio Barbieri chegou para a coletiva após mais de um hora de reunião com os jogadores e membros da diretoria.

“Nós nos cobramos. Quem almeja coisas maiores não pode perder em casa. Não teve lavagem de roupa suja no vestiário. O que houve foi frustração. Precisamos refletir e buscar soluções como uma equipe”, avaliou o treinador.

Efetivado no cargo até dezembro, Mauricio Barbieri, que não era o nome da diretoria (Renato Gaúcho e Abel Braga eram os favoritos), tenta manter o foco e evita falar sobre o risco de demissão pela brusca queda da equipe pósCopa do Mundo da Rússia.

“O meu temor é não conseguir fazer o trabalho da maneira que quero. Não penso no Mauricio agora”, enfatizou o técnico rubro-negro.

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