No primeiro duelo da semifinal da Copa do Brasil, Fla abafa o Corinthians, mas para na inefic
No clássico que pegou fogo antes mesmo de a bola rolar, levou a melhor quem entrou em campo para esfriar o jogo. O Flamengo encontrou um Corinthians agarrado à convicção de que garantirá a vaga na final da Copa do Brasil, no Itaquerão, onde os rubro-negros nunca venceram. Com o empate em 0 a 0 entre os dois times de maior torcida do país, no Maracanã, quem vencer o duelo do dia 26, em São Paulo, segue na busca do prêmio milionário. Qualquer empate levará a disputa aos pênaltis.
A torcida mostrou que aprendeu com a eliminação da Libertadores diante do Cruzeiro. Dispostos a superar o trauma de ver os mineiros calarem a Nação na primeira partida das oitavas de final da competição, os rubro-negros empurraram a equipe, no grito, desde o início.
Abastecido pelo esforço de Cuéllar e Lucas Paquetá para estarem em campo um dia depois de atuarem pelas seleções de Brasil e Colômbia, respectivamente, nos Estados Unidos, o Flamengo mostrava fôlego. O camisa 11, enquanto esteve em campo, deu todo o gás que tinha à disposição.
O esforço, no entanto, foi insuficiente. Apesar de o Paquetá ter finalizado com perigo duas vezes no primeiro tempo, o time comandado por Mauricio Barbieri encontrava dificuldade em furar o bloqueio do Corinthians. Os paulistas, por outro lado, tentavam, desde o início, deixar o tempo passar. Intenção explícita no comportamento do goleiro Cássio.
O Flamengo continuou a dominar a posse de bola na etapa final. E, assim como na inicial, rodava sem encontrar brecha na defesa adversária.
Com o passar do tempo, o apoio da arquibancada, que parecia incondicional, dava lugar a impaciência. Vitinho sofria com as cobranças. Uribe saiu vaiado, enquanto o volante Willian Arão substituiu o Paquetá sob protestos que também miraram em Barbieri.
Ao final do jogo, a torcida do Flamengo já havia virado a chave. O otimismo deu lugar à indignação. Os gritos de “time sem vergonha” ecoavam no Maracanã. Depois da eliminação da Libertadores e da queda do primeira para o quarto lugar no Brasileiro, a Nação começa a temer por mais um ano de jejum.