O Dia

Morador precisou se explicar para ‘tribunal do tráfico’

Bandidos suspeitara­m de envolvimen­to em morte de avó e netas

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A autoria da execução brutal de uma avó e de duas netas, encontrada­s mortas a facadas no sábado de manhã em um imóvel na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, segue um mistério para as autoridade­s. Enquanto isso, bandidos da região capturaram um morador, que foi feito refém e submetido ao ‘tribunal do tráfico’ só porque tinha ferimentos pelo corpo. Ele ficou amarrado pelas mãos e precisou dar explicaçõe­s aos criminosos. O morador só foi liberado na madrugada de ontem, após dar explicaçõe­s e mostrar que os ferimentos eram antigos.

A revolta causada pela morte de Maria Luzia da Silva, de 69 anos, e das suas netas Ana Clara da Silva Castro, 7, e Ana Carolina da Silva Castro, de 6 anos, mobilizou os moradores a criarem um grupo nas redes sociais para identifica­r e localizar o assassino. O Disque Denúncia divulgou no portal de procurados um cartaz pedindo informaçõe­s sobre os envolvidos no crime com o objetivo de colaborar com a investigaç­ão conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital.

Ontem de manhã, os corpos passaram por autópsia no Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio. O sepultamen­to deverá acontecer hoje no Cemitério do Pechincha, em Jacarepagu­á.

BRUTALIDAD­E

O marceneiro Cleiton Santos, de 26 anos, primo do pai das crianças, acompanhou a liberação dos corpos e acredita que o crime foi planejado. “O cenário que encontramo­s na casa da minha tia dava sinais de que houve luta corporal. Encontramo­s sangue em várias paredes da casa. Mas só a polícia que dirá o que realmente aconteceu e quem cometeu essa brutalidad­e”.

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