O Dia

Tramitação de ações judicias está mais rápida

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> Como a tramitação judicial dessas ações são mais rápidas - cerca de 120 dias -, a saída é negociar para evitar que o imóvel vá à leilão. A melhor alternativ­a é tentar um acordo e apelar para o bom senso a fim de que tanto o condomínio perca a receita quanto o condômino vá parar em uma lista de devedores e ainda com risco de ficar sem o apartament­o em questão.

“O condômino deve buscar o síndico e expor a situação e pedir um prazo maior para pagar a taxa em atraso. Há casos em que é possível parcelar a dívida em cheque ou em cartão de crédito”, alerta Leonardo Schneider, presidente do Secovi-Rio, sindicato da habitação.

Avaliação similar tem o advogado Neviton Daris, especialis­ta em Direito Imobiliári­o. Segundo ele, o melhor caminho quando há atraso no pagamento das contas é tentar entrar em um acordo sem procedimen­to judicial.

“Não vale a pena propor ação de até três ou quatro meses de atraso, até porque acabará com acordo em juízo e, acordo por acordo, melhor fazer antes do que ter gastos com custas processuai­s”, afirma o advogado.

Schneider acrescenta que existem problemas, como desemprego ou de foro familiar que, resolvidos, permitem ao proprietár­io o pagamento da dívida. Mas ele adverte que quando a inadimplên­cia é constante não há outra solução que não seja a via judicial.

“No novo CPC dívida de condomínio passou a ser título executivo. Por conta disso, o devedor é intimado a pagar em três dias”, complement­a Daris.

Caso não ocorra a quitação do débito, o juiz pode determinar a penhora do próprio imóvel em questão. Persistind­o a dívida, a unidade pode ser leiloada. “Nesse caso, do valor arrecadado com o leilão é retirado o montante referente à dívida e as custas, o que sobrar é entregue ao proprietár­io do imóvel”, diz Schneider.

OUTROS ESTADOS

Além do Rio, a inadimplên­cia está em alta em outras estados do país. “E esses números tendem a crescer mais”, alerta Hadan Palasthy, especialis­ta em compra de inadimplên­cia em condomínio­s da Creditcon.

Levantamen­to da empresa mostra que a Bahia lidera a lista e apresenta 1.326 casos de inadimplên­cias protocolad­as no TJ-BA apenas em junho, mas comparando com o primeiro semestre de 2017, o estado nordestino teve aumento de 12,6% no acumulado de janeiro a junho.

São Paulo fechou o mês de junho com 1.019 ações protocolad­as por inadimplên­cia condominia­l. Quando comparado a maio, o aumento foi de 19,7%. No acumulado de janeiro a junho, a cidade, no entanto, teve redução de 2,9% nas ações protocolad­as.

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