O Dia

AUDIÊNCIA PÚBLICA FRACASSA NA ALERJ

Inadimplên­cia no pagamento de taxa acirra rixa entre floristas e Cadeg

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● “Não tenho como pagar taxa de mais de R$ 1 mil”, desabafa José Alcemário Guerreiro, de 58 anos. Ele comprou metade de uma pedra, também chamada de vaga, por R$ 90 mil. “Mas não consegui fazer o cadastrame­nto porque estou inadimplen­te com a taxa. A dívida chega a R$ 8 mil”, reclamou, sem revelar seu faturament­o. Alega que a direção do Cadeg já jogou suas flores no lixo. Outro florista, Márcio Adriano Heckert, de 49 anos, protestou por não conseguir trabalhar. “É um prejuízo danado”, dispara.

O diretor social do Cadeg, André Lobo, rebate. Diz que cada permission­ário pode deixar até quatro pessoas com autorizaçã­o de uso. “Mas, por questão de segurança, é preciso o cadastrame­nto”, retruca. E sofre novo questionam­ento: os floristas alegam que houve audiência pública na Assembleia Legislativ­a (Alerj) no dia 11 de junho, mas ninguém do Cadeg apareceu. “Fomos sim. Mas pedimos que fosse feita a reunião com representa­ntes, o que não foi atendido”.

O deputado Dr. Julianelli (PSB), que convocou a audiência, diz acreditar que o terreno do Cadeg é da Companhia Nacional de Fumos e Cigarros. O Centro alega que comprou a área com financiame­nto do então Banco de Crédito Federal. “Pedi informaçõe­s à Prefeitura”, anuncia o parlamenta­r. O Cadeg é o principal ponto de venda de flores do estado há mais de quatro décadas e um polo turístico importante da cidade.

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