O Dia

Em busca de uma reação

Após empate técnico com Haddad no Datafolha, Ciro ataca. Já Alckmin endurece discurso

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Oresultado da pesquisa Datafolha, publicada na madrugada de ontem, levou a ajustes na campanha de Cirto Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Os dois ficaram atrás de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), mas em cenário mais favorável do que aquele mostrado pelo Ibope de terça-feira. Enquanto o Ibope mostrou o pedetista com 11%, 8 pontos atrás do petista, o Datafolha indicou uma diferença de apenas três pontos entre os dois postulante­s, o que representa empate técnico. Já Alckmin, que aparecia no Ibope com 7%, manteve 9% no Datafolha, o que pelo menos represento­u estabilida­de em relação ao levantamen­to anterior. Bolsonaro apareceu com 28%.

Com o resultado, Alckmin Ciro em campanha: ele se declarou o único capaz de vencer ‘o nazismo’

reforçou o ataque a Bolsonaro (PSL). No programa eleitoral da noite, chamou o candidato de “intolerant­e” e “desprepara­do”. No programa da tarde, o tucano já havia dito: “De um lado, a turma de vermelho, que quer o fim da Lava Jato para encobrir o maior caso de corrupção da história; do outro, a turma do preconceit­o, da intolerânc­ia e do ódio a tudo e todos”. A estratégia é tentar se colocar como uma via mais

segura para o eleitor. Outro argumento é se dizer mais capaz de vencer o PT do que Bolsonaro, já que o Datafolha mostrou que, em um embate Alckmin X Haddad, o tucano venceria hoje por 39 a 35, enquanto o embate Bolsonaro X Haddad está empatado, segundo o Datafolha, com ambos marcando 41%.

Ciro, por outro lado, lançou mão da simulação de segundo turno do Datafolha que o mos-

tra como o candidato melhor posicionad­o na disputa com Bolsonaro no segundo turno (com 45%, contra 39% do deputado). Ele tentou se mostrar como capaz de vencer o candidato do PSL no segundo turno, mas evitou atacar o PT. “O eleitor deve votar em quem considera melhor, mais preparado e que tem condições de vencer o nazismo, o extremismo e a violência militariza­da e radicaliza­da - que é o grande

perigo que paira sobre a nação brasileira”, disse.

Já o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que o PDT pretende ganhar votos entre tucanos “sem plumas”, ou seja, junto aos eleitores menos convictos de Geraldo Alckmin, se aproveitan­do, também, de um movimento de “voto útil” dos eleitores que querem derrotar tanto Bolsonaro quanto os petistas.

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