Barbieri mantém a serenidade no Mengão
Balançando no cargo, treinador diz que pensa só em preparar o time para encarar o Atlético-MG
Sob pressão, Mauricio Barbieri vive um dia após o outro no Flamengo. Sem saber se conseguirá os resultados necessários para se manter no cargo, o técnico mantém a serenidade e mostra ter ciência de que, atualmente, se equilibra na função de treinador. Na corda bamba, ele busca soluções para fazer o Rubro-Negro vencer o Atlético-MG, domingo, às 16h, no Maracanã, enquanto evita pensar nas possíveis consequências de mais um tropeço.
“A minha preocupação hoje é preparar o time para o jogo contra o Atlético-MG, que é um adversário difícil. Depois do jogo, não posso responder o que vai acontecer”, afirmou Barbieri, que manteve a tranquilidade quando questionado se tem cacife para comandar o Flamengo: “É sempre complicado responder de forma generalizada. Entendo a opinião das pessoas. Na rua, os torcedores me elogiam e me incentivam”.
Apesar da instabilidade,
a tendência é que o trabalho siga mesmo com uma derrota para o Galo. Afinal, na quartafeira, o time decide vaga na final da Copa do Brasil, contra o Corinthians, no Itaquerão. Com o empate no primeiro jogo, o Rubro-Negro precisa de uma vitória simples.
A competição de mata-mata é a menina dos olhos da diretoria. Além da possibilidade de arrecadar com a política da atual gestão de cobrar caro por jogos decisivos, existe a premiação de R$ 50 milhões aos campeões. O empate em casa dificultou a missão e motivou críticas a Barbieri.
“O Flamengo tem pressão em qualquer circunstância e momento. Todo profissional aqui tem que estar preparado para lidar com isso. Desde o início é assim. Estamos fazendo o trabalho da melhor maneira possível”, disse o treinador, sem alterar o tom de voz.
“A vontade de entregar o trabalho da melhor forma possível é muito maior do que qualquer pressão. A pressão é inerente em um clube do tamanho do Flamengo. Quem está aqui tem que estar apto para conviver com isso”, completou.
Desde que assumiu o cargo, Barbieri acumula 18 vitórias, 11 empates e sete derrotas em 36 jogos — 60,18% de aproveitamento.
Barbieri tem sido pressionado internamente, mas o presidente Eduardo Bandeira de Mello, por ora, é contra a mudança