R$ 4,5 MILHÕES EM ARMAS
Quadrilha praticava assaltos para financiar o tráfico de drogas e armamento seria utilizado para invadir a Favela da Rocinha
Este foi o ‘investimento’ em compra de fuzis, pistolas, munição e carregadores feito pela quadrilha de traficantes especializada em roubo de cargas para tentar invadir a Rocinha. A polícia prendeu ontem 25 integrantes do bando.
APolícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam ontem 25 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em roubo de cargas. De acordo com as investigações, o grupo teria investido cerca de R$ 4,5 milhões na compra de fuzis, pistolas, munições e carregadores para uma suposta tentativa de invasão à Favela da Rocinha, na Zona Sul.
Segundo o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Delmir Gouvea, a quadrilha contaria com a participação de funcionários de transportadoras e de empresas de escolta armada. Na operação de ontem foram presos três vigilantes e um motorista. “A presença dos funcionários era um diferencial. Eles forneciam a rota dos caminhões, o tipo de carga e o melhor momento para os criminosos abordarem os veículos, facilitando toda a ação”, disse Gouvea.
Conforme as investigações, a quadrilha também utilizaria uniformes policiais e bloqueadores de GPS, além de contar com ‘batedores’ para evitar a abordagens policiais. Ainda segundo as investigações, o prejuízo com os roubos em vias expressas, como a Avenida Brasil e a Rodovia Presidente Dutra, já chega aos R$ 600 milhões.
Para o promotor do MPRJ, Alexandre Themístocles, o roubo de cargas hoje serviria para financiar o tráfico de drogas. “Na medida em que os traficantes usam o dinheiro do roubo de cargas para aquisição de armamento, fortalecimento da quadrilha e pagamento dos integrantes da organização criminosa, tal crime passa a ser uma das mais importantes fontes de financiamento”, explicou Themístocles.