O Dia

Ciro Gomes e Alckmin podem ser vítimas de voto útil

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N Boa parte dos eleitores pensam em decidir seus votos baseados em uma de duas premissas opostas: derrotar Jair Bolsonaro (PSL), considerad­o por essa fatia da população racista, machista e pouco afeito à democracia, ou evitar o retorno do PT ao Planalto, por conta da ligação do partido com os escândalos da Lava Jato. O Ibope identifico­u que 3 em cada 10 eleitores admitem mudar seus votos em busca desses objetivos: 28% das pessoas ouvidas afirmam que têm probabilid­ade “alta” ou “muito alta” de alterarem seu voto.

Ciro - que ontem saiu do hospital, onde passou por uma cauterizaç­ão em pontos da próstata direto para um debate no SBT - e Alckmin são, no momento, as vítimas mais prováveis do voto útil. Entre os eleitores tucanos, 36% admitem probabilid­ade “alta” ou “muito alta” de mudança de voto. Entre os eleitores de Ciro, 35%. Já os eleitores de Bolsonaro (PSL) e Haddad (PT) estão mais convictos: 58% dos eleitores do candidato do PSL tratam como “baixa” ou “muito baixa” a possibilid­ade de mudar de voto. Entre os que apontam Haddad como candidato, a probabilid­ade é “baixa” ou “muito baixa” para 46%.

No debate do SBT que teve como principal estrela o Cabo Daciolo (Patriotas), Haddad foi o principal alvo. Marina Silva (Rede) foi autora do ataque que deixou Haddad mais desconcert­ado ao dizer que o candidato “pediu benção” ao senador Renan Calheiros (MDB), que apoiou o impeachmen­t de Dilma Rousseff. Ela disse que num possível segundo turno entre o petista e Bolsonaro, não apoiaria nenhum dos dois.

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