Passado condena Kavanaugh
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Na véspera da sabatina junto ao Senado norte-americano, mais uma testemunha depôs contra o advogado Brett Kavanaugh, indicado pelo presidente Donald Trump à Suprema Corte dos Estados Unidos, acusando-o de “estar presente” numa festa de ensino médio, em 1982, onde a vítima alega ter sofrido um estupro coletivo. Julie Swetnick é a terceira mulher a relatar casos de ordem sexual contra Kavanaugh.
“Testemunhei esforços de Brett Kavanaugh e outros para embriagar e desorientar garotas para que elas pudessem ser estupradas em grupo por inúmeros garotos”, afirmou Swetnick, representada por Michael Avenatti, advogado da atriz pornô Stormy Daniels, supostamente subornada para não revelar um caso extraconjugal com Trump.
Brett Kavanaugh rejeitou categoricamente as acusações. “Isso é ridículo e vem de uma quarta dimensão”, declarou o advogado segundo comunicado da Casa Branca.
Antes de Julie, a professora Christine Blasey Ford acusou o advogado de tentar despi-la à força quando os dois eram adolescentes. Em seguida, Deborah Ramirez, ex-colega do magistrado na Universidade Yale, afirmou que Kavanaugh teria abaixado a calça e esfregado a genitália em seu rosto numa festa.
A Casa Branca diz que as acusações são “campanha de difamação” promovida pelo Partido Democrata. Kavanaugh pode assumir a nona e última cadeira vitalícia da Suprema Corte, atualmente ocupada por Anthony Kennedy, que vai se aposentar.
A nomeação não mudaria a divisão ideológica do tribunal, que já tem maioria conservadora, mas pode inclinar o corpo de juízes ainda mais para a direita.
a semana passada, a sabatina do advogado indicado por Donald Trump foi adiada por conta das acusações de Christine e Deborah. A pressão contra a posse de Kavanaugh deve aumentar com a denúncia de Julie.