O Dia

Moro libera delação de Palocci

Ex-ministro que busca redução de pena afirma que Lula sabia de corrupção na Petrobras

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Ojuiz federal Sérgio Moro tornou pública ontem a delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, que estava aos seus cuidados desde junho. A colaboraçã­o foi firmada com a Polícia Federal. No documento, o ex-integrante dos governos Lula e Dilma afirma que o ex-presidente tinha conhecimen­to de esquemas de corrupção na estatal.

Segundo Palocci, o esquema de propinas e o loteamento de cargos na Petrobras foi feito para atender interesses de partidos políticos, a partir das indicações de Paulo Roberto Costa (Diretoria de Abastecime­nto) e de Renato Duque (Serviços).

O ex-ministro afirma que, no primeiro governo Lula, a Odebrecht, “alinhada ao PP”, passou a atuar para derrubar o então diretor da estatal Rogério Manso. Isso teria se dado “porque o PP estava apoiando o governo e não encontrava espaço em ministério­s e nas estatais”. “Lula decidiu resolver ambos os problemas indicando Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecime­nto”, disse Palocci.

No termo de delação, o exministro afirma ainda que a campanha de reeleição de Dilma Rousseff em 2014 custou R$ 800 milhões, mais do que o dobro dos R$ 350 milhões declarados. “As campanhas presidenci­ais do PT custaram em 2010 e 2014, aproximada­mente, R$ 600 e R$ 800 milhões, respectiva­mente”, registra o documento. Palocci diz ainda que “o TSE não tem como saber se uma doação é ilícita, uma vez que não fiscaliza a origem do dinheiro”.

Palocci diz nunca ter aberto “contas no exterior para o PT, mas sabe que a agremiação já fez isso sem utilizar o nome do partido e lideranças, “segundo tem conhecimen­to”.

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirmou que a conduta adotada hoje por Moro

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REPRODUÇÃO Palocci: condenado a 12 anos

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