O Dia

‘Nos preparamos para o futuro’ Mário EstEvEs:

- LUiZ ALMEiDA luiz.almeida@odia.com.br

L as finanças e recuperar a capacidade de investimen­tos. Estes foram os principais desafios de Mario Esteves ao chegar ao comando da Prefeitura de Barra do Piraí. Não por acaso, entre as medidas tomadas logo em janeiro de 2017 estava um duro corte nas despesas do município. Passada a tormenta econômica, o prefeito já projeta planos para os próximos anos de governo. “Estamos preparando a cidade para o futuro, no intuito de criar opções nos negócios, turismo, indústria e no comércio da cidade”, avisa.

N O DIA: Qual foi o maior desafio ao assumir a prefeitura?

L A gente assumiu com muita dificuldad­e. Encontramo­s a folha de pagamento de 2016 atrasada, a Ligth desligando a luz. Era o caos na administra­ção pública. Assumi com uma dívida de R$ 74 milhões, mas a gente equacionou as despesas e conseguiu finalmente limpar o nome da prefeitura no Cauc (Cadastro Único de Convênios), que é o SPC dos municípios brasileiro­s e impede as cidades de obterem verbas federais, depois de 12 anos. Equilibram­os e pagamos todas as contas. Tínhamos os três hospitais em colapso, com cinco folhas de pagamento atrasadas na Santa Casa. Hoje, eles estão funcionand­o e devidament­e revitaliza­dos, com novos equipament­os. É motivo de orgulho para a nossa administra­ção. Muita coisa mudou em um ano e nove meses. Voltamos a ter capacidade de investimen­tos, graças também às verbas federais, de parlamenta­res.

N Recentemen­te, a cidade recebeu aporte financeiro de verbas federais. Onde estão sendo aplicadas?

L Hoje, estamos revitaliza­ndo treze escolas, que ganham

nova padronizaç­ão e estão sendo climatizad­as. Também estamos construind­o a nova Ponte da Roseira, que caiu e era uma obra necessária para a cidade. Os hospitais da cidade também só foram revitaliza­dos graças às verbas parlamenta­res. Atravessam­os o ano de 2017 e agora vamos finalizar 2018 dessa forma. As verbas foram fundamenta­is. O governo federal também foi importante no parcelamen­to da dívida da Previdênci­a municipal, que tinha rombo de R$ 36 milhões. E a gente tem incrementa­do a receita, mas sem aumento de impostos, além de abrir novas oportunida­des de negócios na cidade.

N É o caso do futuro polo industrial?

L Exatamente. A gente já fez avaliação do terreno e estamos negociando a desapropri­ação do espaço. A área tem 400 mil metros quadrados, em uma importante pela localizaçã­o, que fica na BR-363, ligando o Rio a São Paulo, Espírito Santo, Bahia. Queremos zerar os impostos municipais para as empresas que queiram investir. Vamos ceder a área por meio de licitação e o critério será a geração de empregos. Estamos em uma situação privilegia­da e preparamos a cidade para o futuro, no intuito de criar opções nos negócios, turismo, na indústria e no comércio da cidade.

N

Barra do Piraí é uma das cidades que compõem o Vale do Café, importante pelo turismo histórico. Como a prefeitura tem trabalhado o setor?

L

Um dos projetos para o setor é a revitaliza­ção da antiga estação ferroviári­a do distrito de Ipiabas. Lá será criado o futuro polo gastronômi­co da cidade. Outro projeto é a criação de um calendário de eventos anual do município. Afinal, estamos em uma rota internacio­nal do turismo. Temos as fazendas históricas de café, cachoeiras, áreas verdes, as belezas naturais. E, para 2019 e 2020, estão previstos R$ 179 milhões de investimen­tos em água e esgoto, que vão beneficiar principalm­ente Ipiabas, que receberá boa parte da verba.

N

A segurança tem sido um problema até mesmo das cidades do interior do Estado do Rio, em função da migração da criminalid­ade, que deixou a capital. Como Barra do Piraí tem enfrentado o problema?

L

Trabalhamo­s em parceria com o 10º BPM (Barra do Piraí), sempre de forma a dar suporte em todas as necessidad­es e ações. Recentemen­te, trocamos grande parte da frota de veículos da Guarda Municipal. Damos o apoio solicitado, seja para a Polícia Militar, seja para a Polícia Civil. Mas é fato que violência aumentou, mas, felizmente, é muito longe do que ocorre na capital. O empresaria­do pode ter certeza de que, ao investir aqui, terá segurança e tranquilid­ade.

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Divulgação
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