POR TRÁS DAS CÂMERAS
Líder nas pesquisas de intenção de votos – e pode surgir hoje com forte índice dos votos válidos para a Presidência da República – Jair Bolsonaro (PSL) soube usar a onda a seu favor nos bastidores midiáticos. Em agosto reuniu-se com João Roberto Marinho, um dos donos do Grupo Globo, maior de mídia do país, levado pelo economista chefe de seu programa de governo, Paulo Guedes. E há uma semana ganhou o apoio de Edir Macedo, dono da Record TV e um dos controladores do PRB, partido que debandou do apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) para o candidato ao PSL ainda no primeiro turno. Em suma, Bolsonaro está ‘fechado’ com as duas principais emissoras de TV do Brasil.
Então...
...é conversa fiada história de que Bolsonaro, se eleito, vai cassar concessão de TV da Globo, ou vai cortar verbas de publicidade para a grande mídia. Pode é rever valores.
O articulador
Não houve encontro de Bolsonaro com Macedo, nem telefonema. Quem aproximou o PRB e o ‘Cardeal’ do candidato foi o chefe da campanha, Onyx Lorenzoni (DEM).
Isolado
O PT está isolado, com PCdoB e PROS, num eventual segundo turno a partir de amanhã. O Centrão e outros partidos liberaram seus congressistas para pedir votos para Bolsonaro.
Dos inativos...
Um dado curioso na última sondagem da Paraná Pesquisa chamou a atenção para a subida de Bolsonaro entre os
mais pobres – e deixou o PT desesperado. O candidato do PSL conquista o eleitor antes petista: No perfil ‘Não PEA’, dos desempregados, Bolsonaro tem preferência de 31,4%, e Fernando Haddad (PT), de 22,4%.
...e ativos
Entre os entrevistados empregados ou autônomos, os “PEA – Economicamente ativos”, Bolsonaro tem 36,7% e Haddad surge com 21,5%.
Internas petistas
A campanha do candidato do PT à Presidência intensificou, nos últimos dias, a encomenda de pesquisas para uso interno. Sinal de preocupação com as sondagens que mostram o crescimento do concorrente direto. O gasto do PT com pesquisas chegou a R$ 1,3 milhão – só perde para a produção de programas de TV, com R$ 2,1 milhões.