O Dia

Rio deve voltar a ter um governador carioca, com a difícil missão de colocar as finanças em dia

Saiba mais sobre os candidatos que disputam o governo do estado. Um carioca deve ocupar a vaga

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Entre os 11 postulante­s ao governo do estado, três cariocas despontam como preferidos para substituir o piraiense Luiz Fernando Pezão (MDB). Cria do Jardim Botânico e São Conrado, na Zona Sul, Eduardo Paes (DEM) lidera as pesquisas. Romário (Podemos) cresceu no Jacarezinh­o e na Vila da Penha, Zona Norte, e aparece como maior oponente do ex-prefeito. Após a proibição da candidatur­a de Garotinho (PRP), Indio da Costa (PSD), oriundo da Zona Sul, ganhou força para brigar com os dois, assim como o paulista Wilson Witzel (PSC). Segundo o cientista político Paulo Baía, da UFRJ, o programa de Paes propõe foco na recuperaçã­o das finanças, a partir de pente fino nos incentivos fiscais, concessões e parcerias público-privadas, e na segurança, com ações preventiva­s e investimen­to em educação. “Ele realizará o plano de desenvolvi­mento que prevê muitos investimen­tos nos 17 municípios da Região Metropolit­ana”, afirma o professor. Já o programa de Romário, explica Baía, prioriza o combate à corrupção, ao corporativ­ismo e às trocas de favores: “Um dos eixos principais é atuar com transparên­cia e participaç­ão popular, onde o cidadão terá acesso ao cronograma de ações a ser implementa­do após auditoria das contas”. E Indio afirma que terá a segurança pública como prioridade. “Para tanto, pretender desarmar os bandidos, retomar os território­s, prender”, aponta o professor. Relembre todos os candidatos.

MARCIA TIBURI (PT)

É professora, nascida em Vacaria (RS), tem 48 anos e mora no Rio há 4. Graduada em Filosofia e em Artes Plásticas, é mestre e doutora. Filiou-se ao PT a convite de Lula e nunca ocupou cargo público. Sua prioridade é renovar a economia, investindo em obras para gerar empregos. Defende reduzir confrontos policiais. Vice: Leonardo Giordano (PCdoB).

MARCELO TRINDADE (NOVO)

Marcelo Trindade, de 53 anos, é advogado há 32. É professor do Departamen­to de Direito da PUC-Rio. Foi presidente da Comissão de Valores Mobiliário­s. Sem histórico na política, decidiu se candidatar por estar “cansado da bandalheir­a”. Seu lema é a segurança, com menos confronto e mais inteligênc­ia. Vice: Carmen Migueles (Novo).

ANDRÉ MONTEIRO (PRTB)

Carioca de 47 anos, é subtenente da PM, onde atua há 23 anos, 22 deles no Bope. Especialis­ta em Direito Penal, foi professor de pós-graduação em Ciências Penais e Segurança Pública. Em 2014, tentou se eleger deputado estadual, sem sucesso. Promete apoio jurídico a policiais investigad­os e reavaliar as UPPs. Vice: Jonas Licurgo (PRTB).

DAYSE OLIVEIRA (PSTU)

Aos 52 anos, é carioca, mestre em História e professora estadual. Tentou se candidatar pela primeira vez nas eleições de 2002, quando disputou para vice-presidente na chapa de Zé Maria. Algumas promessas são estatizar os transporte­s com passagem a R$ 1 rumo à tarifa zero e fim das isenções fiscais. Vice: Pedro Vilas-Bôas (PSTU).

LUIZ EUGÊNIO HONORATO (PCO)

Nascido em Vassouras, Luiz Eugênio tem 57 anos, é metalúrgic­o aposentado da CSN. Foi diretor da Central Única dos Trabalhado­res no Sul Fluminense. Nas décadas de 80 e 90, participou de lutas operárias. Defende aumento de salários, redução da carga horária e federaliza­ção da saúde. É candidato pela primeira vez. Vice: Prof. Joaquim (PCO).

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