O Dia

CLEO PIRES ACREDITA QUE BETINA ESTÁ NO FOCO ERRADO

- Leo Dias

Como a Betina está repercutin­do nas ruas?

O retorno tem sido incrível. As pessoas amam e odeiam a Betina, o que, por ser antagonist­a, é o tipo de reação esperada. Ela é uma personagem muito instigante, há toda uma complexida­de nela que tem sido interessan­te de explorar. Estou bem contente com a repercussã­o que a novela tem!

Você e ela tem algo em comum?

Acho que nesse momento da trama, em que ela está tão obcecada, nós não temos muito em comum. Ela é uma pessoa bem determinad­a e o fato de ser uma mulher que trabalha desde cedo e gosta do que faz, nisso nos assemelham­os, mas agora ela está com o foco totalmente errado.

Você estranhou o cabelo mais loiro e mais curto depois de tanto tempo morena?

Ah, leva um tempo para se acostumar, porém, eu amo mudar a minha aparência para as personagen­s, acho que ajuda na construção. O cabelo da Betina nem era para ser tão curto, mas confesso que me empolguei com as possibilid­ades e quis ousar mais, fazer algo diferente. São oportunida­des que tenho para de fato me ver de outra forma, então aproveito. Hoje sinto um pouco de falta do cabelo preto, quando a novela acabar é provável que eu volte à tonalidade escura.

Falando da sua carreira de cantora, você já tem uma gravadora?

Não, o meu trabalho musical é independen­te.

Você recebe ordens ou a música que você apresenta é visceral?

Não recebo ordens, quem está à frente da minha carreira musical sou eu mesma com a ajuda da minha equipe. Todo o processo de produção musical é bem livre e rola uma troca muito boa com a minha equipe, que está sempre desenvolve­ndo ideias comigo. Acho que podemos dizer que se trata de um projeto mais visceral, sim, porque produzir música para mim é algo bastante íntimo. Não necessaria­mente as músicas representa­m o que vivi ou senti: podem estar relacionad­as com situações que presenciei, mas sempre com bastante significad­o.

Se você tiver que seguir ordens de uma gravadora que não seja da sua vontade, você aceita?

Difícil dizer neste momento e sem um contexto, sabe? No geral, a música tem que fluir de forma leve, sem amarras. Para mim, pelo menos, a produção musical acontece de forma bem espontânea e livre. Mas sou aberta a debates construtiv­os, divido muito com a minha equipe, todos são envolvidos no projeto e juntos sempre encontramo­s um caminho que me deixa feliz.

Aceitaria gravar algo que você não se identifica?

Não. Precisa haver uma identifica­ção, gosto de embarcar em projetos nos quais acredito.

O que é melhor: fazer um hit ou uma música que você goste e tenha mais a ver contigo?

Eu não tenho essa preferênci­a, acho que uma coisa não é melhor que a outra.

Você acha que artista tem que se posicionar politicame­nte? O que você acha de toda essa polêmica?

Eu acho que não somos obrigados a nada, vai muito de pessoa para pessoa querer se posicionar. Eu me posiciono quando acho que é pertinente e inevitável, já que, como artista, tenho a possibilid­ade de usar a minha visibilida­de e voz para promover um debate saudável e produtivo, e é isso que importa. Mas vai de cada um, isso não pode ser imposto a ninguém.

Quantas plásticas você já fez? Quais?

Eu só realizei uma plástica, que foi no nariz.

Qual seu limite para tra- tamentos estéticos?

Eu acho que não faria nada que prejudicas­se a minha saúde.

Qual foi a maior loucura que você já fez em relação a tratamento estético?

Eu adoro testar máscaras de rosto diferentes e teve uma vez que fiz uma máscara de batata com iogurte que me disseram que era bom para manchas na pele e fiquei com uma alergia enorme, a pele toda vermelha (risos).

Está ou não rolando algo com o Léo Santana?

Nós somos amigos, como já explicamos antes. É melhor estar solteira ou namorando?

É melhor estar feliz, seja solteira ou namorando. Há delícias e dores em ambos os momentos, assim como também aprendemos bastante sobre nós mesmas dentro e fora de um relacionam­ento. O primordial, no entanto, é estar bem consigo mesma. Não faz mal querer estar com alguém, mas também não é um problema desejar o contrário.

A impressão que eu tenho é que você olha ao seu redor e deve pensar: quanta gente com pensamento retrógrado, com a cabeça do século 19. Tô certo ou errado?

Eu vou aonde é possível fazer a minha arte acontecer. Comecei no cinema e trilhei uma carreira tanto na Globo quanto fora dela também. Mas hoje sou contratada da emissora e estou muito contente com as oportunida­des que tenho. No ano passado eu rodei três filmes incríveis (o ‘Legalidade’, do Zeca Brito, o ‘Terapia do Medo’, do Roberto Moreira, e o ‘Todo Amor’, Marcos Bernstein). Todos os três filmes estão para estrear, e interprete­i personagen­s que me desafiaram bastante.

Betina tem muitas tatuagens. Todas essas são realmente suas?

Sim, são todas minhas.

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JOÃO MIGUEL JUNIOR/DIVULGAÇÃO TV GLOBO

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