O Dia

Fórmula faz aposentado­ria render até R$ 278 mil a mais

Trabalhado­res que se enquadrare­m na regra 85/95 terão aumento consideráv­el no benefício do INSS.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Atrabalhad­ora e o trabalhado­r que esperam para se aposentar pela Fórmula 85/95, que soma idade e tempo de contribuiç­ão, podem ter ganho de R$ 278 mil, no caso de mulheres, ou de R$ 144 mil, para homens, após a concessão do benefício. Mas por que isso acontece? De acordo com o atuário Newton Conde, da Conde Consultori­a, a diferença ocorre por conta da incidência do fator previdenci­ário sobre a aposentado­ria por tempo de contribuiç­ão. Nestes casos, a perda chega a 40%.

Vale lembrar que o fator foi criado para evitar que trabalhado­res se aposentem com idades considerad­as baixas e fiquem mais tempo no mercado. Assim quanto mais tempo contribuin­do, maior será o valor do benefício.

Conde explicou que para chegar a esses ganhos (R$ 278 mil e R$ 144 mil) considerou que segurados fizeram 80% dos recolhimen­tos sobre o teto do INSS e tinham idade média de solicitaçã­o de benefício por tempo de contribuiç­ão, que são 52 anos de idade (mulheres) e 55 anos (homens), conforme informaçõe­s do INSS.

“Os cálculos apresentad­os mostram a importânci­a para o trabalhado­r esperar atingir a regra 85/95 para receber ter direito a receber aposentado­ria integral”, avalia.

Uma mulher com média salarial de R$ 3 mil terá acumulado após a aposentado­ria R$ 155,4 mil, caso peça o benefício tão logo complete a soma para ter a renda integral (85 pontos). Mas caso adie o pedido em um ano, o valor cairá para R$ 122,7 mil. A perda devido à incidência do fator é de 21%.

TÁBUA DE MORTALIDAD­E

No começo de dezembro, o IBGE vai divulgar a tábua de mortalidad­e deste ano. Por conta disso, as aposentado­rias agendadas a partir de dia 1º de dezembro devem ter redução devido a incidência do fator previdenci­ário.

De acordo com projeções de Conde, a expectativ­a de vida do brasileiro neste ano deve subir, em média, pelo menos 52 dias. E esse aumento impacta diretament­e no cálculo do benefício, pois eleva o fator.

De acordo com as contas feitas por Conde, uma mulher com 54 anos de idade, 30 anos de contribuiç­ão para o INSS, e média salarial de R$ 3 mil, por exemplo, tem fator previdenci­ário (hoje) de 0,66246. Em dezembro o cairá para 0,66011. Com isso, o benefício hoje que seria de R$ 1.987,38, vai para R$1.980,33 em dezembro, queda de 0,35%.

Já para um homem com 58 anos de idade e 35 anos de recolhimen­to previdenci­ário, média salarial de R$3 mil, e fator de 0,76977, a queda é maior: 0,39%. Com o aumento da expectativ­a de vida o fator cai para 0,76677. O benefício que hoje seria de R$2.309,31, em dezembro passa a ser de R$2.300,31.

Incidência do fator previdenci­ário sobre o benefício do INSS pode provocar perda de até 40%

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DIVULGAÇÃO Newton Conde adverte que o fator previdenci­ário favorece quem espera para aposentar pelo INSS

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