O Dia

VEJA AS CARAS NOVAS DA ASSEMBLEIA LEGISLATIV­A.

Renovação na Alerj foi de 51,42%, enquanto que na bancada fluminense da Câmara dos Deputados índice chegou a 65%. Veteranos e filhos de políticos não se elegeram

- CÁSSio BRUNo cassio.gomes@odia.com.br

Seja quem for, Wilson Witzel (PSC) ou Eduardo Paes (DEM), o governador eleito encontrará a Assembleia Legislativ­a do Rio (Alerj) renovada a partir de 2019. Das 70 cadeiras, 36 delas serão ocupadas por novos deputados estaduais. Ou seja: 51,42%. Outras 34 ficarão com políticos reeleitos. Ao todo, 28 partidos estarão representa­dos na Casa.

Em sua aliança, Wilson Witzel conta apenas com o PROS, que elegeu um deputado. O próprio PSC, legenda do candidato, conquistou duas vagas. Mesmo assim, o ex-juiz federal pode ter na base de sustentaçã­o, se eleito, o PSL, do presidenci­ável Jair Bolsonaro, que terá a maior bancada: 13 parlamenta­res. A família Bolsonaro apoia Witzel informalme­nte.

Eduardo Paes, por sua vez, tem na coligação 11 partidos, além do próprio DEM. Destes, nove conseguira­m eleger deputados: MDB, PP, PTB, SD, PSDB, PPS, DC, PHS e Avante. Juntas, as siglas somam 25 parlamenta­res. PV e PMN, que também apoiam Paes, não emplacaram ninguém na Alerj.

A disputa pela Presidênci­a da Alerj será um capítulo à parte. O cargo foi ocupado durante anos por Sérgio Cabral, Jorge Picciani e Paulo Mello, todos presos por corrupção na Lava Jato. Porém, o indicado deverá ser do partido com o maior número de deputados: o PSL de Bolsonaro.

O deputado mais votado foi Rodrigo Amorim (PSL), com 140.666 votos. O futuro parlamenta­r foi quem destruiu, durante ato com Witzel, uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinad­a em março. Já a bancada feminina cresceu de oito para 12 deputadas, sendo cinco reeleitas, como Franciane Motta (MDB), mulher de Paulo Melo. Ao mesmo tempo, políticos veteranos ficaram de fora: Cidinha Campos (PDT), Zito (PP), Coronel Jairo (SD), Gilberto Palmares (PT) e Átila Nunes (MDB).

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A bancada federal do Rio tem 30 novos nomes, das 46 vagas (65% de renovação). O PSL de Jair Bolsonaro, que não tinha nenhum representa­nte, agora conta com 12 parlamenta­res. O mais votado pertence ao partido: Hélio Fernando Barbosa Lopes, com 345.234 votos.

Mas chama a atenção na nova composição da bancada o fim de oligarquia­s. Destaque para a família do ex-governador Sérgio Cabral. O filho dele, Marco Antônio (MDB), não foi reeleito. Filho de Jorge Picciani, Leonardo Picciani (MDB) também não conseguiu a vaga na Câmara.

Cristiane Brasil (PTB), filha do exdeputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, também não se elegeu. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, viu Crivella Filho (PRB) fracassar nas urnas. Danielle Cunha (MDB), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, outro preso na Lava Jato, não venceu, embora tenha tido apoio de lideranças evangélica­s.

Já os filhos dos ex-governador­es Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, Clarissa (PROS) e Wladimir (PRP), foram eleitos. Garotinho teve a candidatur­a ao governo do Rio barrada pela Justiça Eleitoral.

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