Dólar cai 2,35% e Bolsa sobe 4,57%
Resultado do 1º turno das eleições provoca corrida ao mercado. Moeda fecha em R$ 3,76
O resultado do primeiro turno das eleições, levando o pleito ao segundo turno, quando Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) se enfrentarão em 29 de outubro, impactou fortemente o mercado financeiro. Ontem, a cotação do dólar registrou queda forte e a Bolsa de Valores disparou.
O valor da moeda norte-americana encerrou o primeiro pregão da semana com redução acentuada de 2,35%, cotada a R$ 3,7662 para venda. É o menor patamar desde 8 de agosto, período em que chegou a R$ 3,7658.
“A força de (Jair) Bolsonaro aumenta a chance de reformas pró-mercados”, avalia o economista sênior da consultoria inglesa Pantheon Macroeconomics, Andrés Abadia. Ele prevê que o dólar termine o ano em R$3,55, segundo a Agência Estadão Conteúdo.
Um ponto importante a destacar é a sinalização do mercado de que apoia o candidato do PSL. Os recentes apoios conquistados por Bolsonaro, que incluem as bancadas evangélica, da bala e pecuaristas ajudam a animar ainda mais os investidores, que veem no candidato a continuidade de seus ganhos.
BOLSA DISPARA EM ALTA
Os 16 pontos percentuais de vantagem de Bolsonaro sobre Haddad no primeiro turno da eleição presidencial abriram espaço para uma corrida dos investidores ao mercado de ações ontem. Com isso, o Índice Bovespa teve alta de 4,57%, aos 86.083 pontos, maior nível desde 16 de maio e maior alta em mais de dois anos.
O mercado repercutiu a composição do Congresso, considerada mais favorável a alianças de centro-direita, que propiciem a execução de uma agenda reformista.