Debate entre Witzel e Paes tem provocações
Ex-prefeito fala que opositor ‘amarelou’. Juiz diz que adversário está desesperado
Em evento ontem na Casa Firjan, ex-prefeito disse que ex-juiz veio parar no Rio porque “amarelou” diante de ameaça quando estava no Espírito Santo. Segundo Witzel, Paes fugiu para Nova York.
O debate da TV Bandeirantes entre os candidatos ao governo do Rio ontem, foi marcado por ataques dos dois lados. Eduardo Paes (DEM) chamou o adversário de “sem experiência, holograma e personagem que não sabemos quem é”. Wilson Witzel (PSC) disse que Paes está desesperado.
Na primeira pergunta do ex-prefeito ao adversário, Paes citou uma reportagem do portal G1 de 2011, na qual o então juiz federal teria deixado o Espírito Santo, onde trabalhava, após sofrer ameaças. “Desculpe a expressão, o senhor deu uma ‘amarelada”. Paes acrescentou que Witzel admitiu à reportagem que os criminosos conseguiram o intimidar. “Como a população pode confiar em um governador que pediu para sair?”, provocou.
O juiz respondeu que não tem medo da morte, lembrando que foi fuzileiro naval e disse que a reportagem foi ‘maldosa’. Explicou que estava fazendo mestrado na época e que sua família não contava com proteção suficiente, por isso foi substituído por um juiz solteiro. Ele aproveitou a provocação para reforçar o que vem dizendo durante a campanha: “Bandido de fuzil, nós vamos abater”.
Eduardo Paes disse que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tem credibilidade para falar de segurança, mas que o candidato a governo pelo PSC, não. “O senhor conheceu Bolsonaro ontem e está querendo repetir o que ele fala”, alfinetou. Depois do debate, o candidato do DEM falou da relação com Bolsonaro. “Tenho muito boa relação com o Jair, mais do que o outro candidato. Temos que ter uma relação institucional com o presidente que for eleito. Eu não preciso de bengala (política) para ser eleito”.
A declaração de Witzel em vídeo sobre a voz de prisão a Paes por injúria voltou à tona ontem. “O candidato (Witzel) diz várias injúrias. Fique tranquilo, não vou pedir para te prender. Não sou autoritário nem frouxo”, disse Paes. Wilson respondeu que nunca foi autoritário como defensor público e juiz.