Ciro Gomes viaja e Haddad recebe apoios
> Após ficar em terceiro na eleição de domingo, Ciro Gomes (PDT) embarcou para o exterior com a família, ontem, e deve ficar fora do país por até duas semanas. Os planos frustram as investidas do PT, que queria trazê-lo para a campanha petista no segundo turno. A ideia é que o pedetista não suba no palanque com Haddad para indicar o “apoio crítico”, aprovado pelo PDT na quarta-feira. “Não faremos nenhuma reivindicação ( junto ao PT). Será um voto claro em Haddad, mas sem participação na campanha e com a certeza de que não participaremos de nenhum governo. Vamos começar a construir agora 2022, já estamos decididos a lançar a candidatura de Ciro Gomes”, afirmou Carlos Lupi, presidente do PDT. O PT deve insistir por maior participação de Ciro.
Ontem, Haddad computou dois apoios à sua candidatura. Um movimento inter -religioso, que reúne grupos e igrejas de diferentes religiões, divulgou um Manifesto contra a Barbárie, no qual se posiciona em favor da democracia. “Acreditamos em um Deus de bondade e de amor. Um Deus que ama todas suas criaturas, não importa sua cor ou seu gênero. Ele nos fez à sua semelhança e nossa diversidade é a prova de um Deus que está em cada um de nós”, diz o texto.
Uma corrente do PSDB, a EPV, oficializou o apoio ao petista em nota. O movimento avalia que a presença de uma “candidatura protofascista” (referência a Bolsonaro) representa a ascensão de um projeto autoritário.
O movimento pediu uma autocrítica do PT sobre “a forma de construção da governabilidade”.
Haddad esteve ontem na Conferência Nacional dos Bispos (CNBB), reunido com o secretário-geral da instituição, Dom Leonardo Steiner. “Dom Leonardo reiterou nota da CNBB sobre medidas do governo atual como a chamada teto de gastos e a reforma trabalhista”, disse. “Me comprometi a revogar essas medidas que comprometem os direitos sociais”, afirmou o ex-prefeito. Haddad fez um pedido à CNBB para recomendar aos católicos cuidado com as notícias falsas, as chamadas fake News.