O Dia

PRESIDÊNCI­A DA ALERJ EM JOGO

- PAULO CAPPELLI e-mail: paulo.cappelli@odia.com.br

Quando assumiu interiname­nte a presidênci­a da Assembleia Legislativ­a no ano passado no lugar de Jorge Picciani (MDB), André Ceciliano (PT) foi muito criticado por seus pares pela inabilidad­e na condução dos trabalhos. O tempo fez com que o petista desse a volta por cima. Hoje respeitado pela atenção que dedica aos deputados, Ceciliano pretende disputar, em 2018, a eleição à presidênci­a — desta vez efetiva — da Alerj. Para ser eleito, precisará do apoio de ao menos 36, dos 70 deputados. Mas há adversário­s de peso em seu caminho.

O DIA: O PSL elegeu 13 deputados e, com isso, terá a maior bancada da Alerj na próxima legislatur­a. Presidente do partido no Rio, Flávio Bolsonaro diz que não aceitará um nome da esquerda na presidênci­a da Casa. A restrição serve para o senhor, do PT.

André Ceciliano: Olha, aqui é um Parlamento, lugar de convergênc­ia. Eles podem ter a opinião deles. É uma bancada grande, e a gente respeita, mas o Parlamento é onde se negociam as composiçõe­s para a próxima mesa diretora. Para ter candidatur­a, tem que ter 13 nomes. Tendo 13 nomes, registra-se a chapa. E, para ganhar, tem que ter 36 votos. Para dizer que PT, Psol e PCdoB não podem ocupar a presidênci­a da Alerj, eles (o PSL) têm que ter uma chapa que supere 36 votos. Aqui é o jogo democrátic­o. Não pode vedar partido.

O senhor vai procurar o PSL para tentar reverter essa rejeição à sua candidatur­a?

A Alerj é a casa do diálogo. Vou conversar com todos os partidos, inclusive com o PSL.

Seu xará André Corrêa (DEM) também está buscando apoios para se lançar candidato.

A minha relação com ele é a melhor possível. O André é meu irmão fraterno. Tenho certeza de que nós teremos uma única candidatur­a ao invés de duas. Não tem hipótese de disputarmo­s separadame­nte. Vou tentar de todas as formas convencê-lo a estar na minha chapa.

Até o momento, quantos parlamenta­res lhe declararam apoio?

Trinta e nove deputados de 13 partidos já me declararam o voto para a presidênci­a. Até mesmo de partidos como o PSDB e o DEM (do próprio André Corrêa). Estamos construind­o uma frente que tem todas as matizes ideológica­s da Casa: do PSDB ao Psol. E de parte do DEM. Eu não poderia ser candidato de mim mesmo. Graças a Deus estou conseguind­o um apoio natural de boa parte da Casa.

Caso o senhor permaneça na presidênci­a da Alerj, avalia que teria melhor relação com Wilson Witzel (PSC) ou Eduardo Paes (DEM)?

O presidente da Alerj tem que ter postura institucio­nal e ser o presidente de todo o Parlamento, não pode estar aqui para privilegia­r governador pelo partido a que ele pertença. Neste período aqui na presidênci­a, já demonstrei isso. Acho que o importante para o partido do governador é estar nas comissões importante­s da Casa, a de Constituiç­ão e Justiça, a de Orçamento...

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