Adutora rompe em Nova Iguaçu
Cerca de 200 famílias da região de Prados Verdes foram atingidas pela correnteza da água
“Perdi tudo. Os mantimentos estão jogados no chão. A força da água destruiu tudo o que eu levei anos para construir”, desabafa a comerciante Ana Paula de Menezes, de 34 anos. Ela é uma das pessoas atingidas pelo rompimento de uma adutora da Cedae, ocorrido na madrugada de ontem, no bairro Prados Verdes, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Cerca de 250 famílias do entorno foram afetadas pela correnteza da água — 13 delas precisaram ser levadas para uma pousada custeada pela Cedae, já que não há condições de permanência nas suas casas.
Na manhã de ontem, moradores e comerciantes contabilizavam o prejuízo. Funcionários da Cedae tentavam reparar o problema. As ruas Tulipas e Lírios foram as mais afetadas pela água. A 200 metros do local onde a adutora se rompeu, a família de Mayara Vale dos Santos, de 23 anos, ficou ilhada. Os três filhos dela, um bebê de 5 meses, e outras crianças de 4 e 2 anos, por pouco não morreram afogadas dentro de casa. “A água começou a entrar pelo buraco do arcondicionado e rapidamente levou tudo”. Cristina da Silva Basílio, 50 anos, teve a casa atingida pela segunda vez. “Já que houve outra enchente no ano passado. Mas minha casa continuava destruída. Moro aqui há 16 anos. É muito triste. Me sinto desrespeitada como contribuinte”, desabafa.
Nos próximos dias, serão distribuídas 500 quentinhas para os moradores, além de água e atendimento médico, de acordo com a Cedae. A Prefeitura de Nova Iguaçu informa, em nota, que cobrou providências junto ao Governo do Estado. Um ponto de apoio foi instalado pela prefeitura para atender os moradores da localidade na Escola Municipal José Reis, na rua das Margaridas, em Prados Verdes.