MÃO NO COLDRE
Com a base esfacelada na Câmara após muitos aliados perderem a reeleição, o presidente Michel Temer quer deixar a Reforma da Previdência para o próximo presidente. Nos bastidores do Planalto, a avaliação é a de que será Jair Bolsonaro (PSL). O que deixa a situação mais delicada. Temer não quer provocar o eventual futuro presidente a se mexer, agora, na aposentadoria de militares das Forças Armadas e policiais – categorias que Bolsonaro quer valorizar com carreiras e salários. Um ministro do governo é lacônico sobre a reforma: “Temos que esperar quem for eleito”.
Mesa Diretora
Não é só Lula que manda no jogo eleitoral de dentro da cadeia. Os dois ex-presidentes da Alerj, presos no Rio, articulam eleger André Ceciliano (PT) presidente da Casa.
Apoio hermano
Bolsonaro foi citado e ovacionado na Bolívia do esquerdista Evo Morales. Foi em manifestação da centro-direita em Cochabamba, na quarta, pelo Día de la Democracia.
TV e estrada
As gravações para a TV seguraram Haddad em SP nos últimos dias. Mas a meta é rodar o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde o concorrente é forte, para buscar os indecisos.
Puxado
Irmão do senador Renan Calheiros (AL), o comunista Renildo Calheiros, tido como impopular ex-prefeito de Olinda (PE), vaiado no dia da votação, foi eleito deputado federal com 57 mil votos por Pernambuco. O sistema proporcional ajudou. A forte coligação do governador reeleito Paulo Câmara (PSB) o ‘puxou’ para o Congresso. Dois outros candidatos com maior votação que Renildo ficaram para trás.