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Imagens de câmeras serão analisadas pela Polícia Civil
Mil placas em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada há sete meses, foram distribuídas ontem, na Cinelândia. Manifestantes fizeram até um mosaico com o nome da parlamentar. Evento foi um protesto contra a destruição de letreiro similar em ato de campanha dos deputados recém-eleitos Daniel Silveira (federal) e Rodrigo Amorim (estadual), ambos do PSL.
O maior símbolo católico de São Pedro da Serra, em Nova Friburgo, foi atacado com pichações de suásticas, símbolo nazista alemão. Imagens captadas por câmeras da igreja e de casas ao redor serão analisadas para identificar os envolvidos no episódio, ocorrido na madrugada de ontem.
A propaganda do emblema é vedada na Lei que define preconceito de raça ou de cor, conhecida como Lei Caó. A punição varia de dois a cinco anos de reclusão. O caso está sendo investigado pela 151ª DP (Nova Friburgo).
“Foi um vandalismo. A capela é a primeira diocese de Friburgo e completou recentemente 150 anos”, afirmou o padre Romevaldo Reis Azevedo, sem querer politizar a questão. Entretanto, Breno Melaragno, presidente da Comissão de Segurança da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Rio de Janeiro (OAB-RJ), diz que a ação contra a igreja é reflexo da polarização da disputa presidencial entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). “Tem relação direta com o segundo turno da campanha eleitoral. Agora, o maior desafio é a polícia identificar o autor”, explicou o advogado.