Igreja de 150 anos em distrito de Nova Friburgo é pichada com suásticas. Polícia procura suspeitos
No Rio, Witzel explica vídeo e Paes é obrigado a retirar postagem. Bolsonaro e Haddad trocam farpas por causa de notícias falsas
Candidato do PSC ao governo do Rio, o ex-juiz federal Wilson Witzel tentou se justificar, ontem, sobre vídeo em que aparece ensinando manobra a juízes para que recebam gratificação de permanência de R$ 4 mil. Divulgado pelo jornal ‘O Globo’, o conteúdo mostra palestra onde ele explica que o juiz substituto não pode estar na Vara para que o plano dê certo: “Expulsei o juiz substituto da minha Vara. Falei: ‘Negão, ou você vai ficar um ano fora ou vou te expulsar da Vara’. Brincadeira, adoro meu juiz substituto, mas, se ele ficar, eu não recebo. E aí a gente fez uma engenharia. Todo mês, 15 dias do mês o juiz substituto sai da Vara”, afirmou Witzel no vídeo.
Questionado ontem pela imprensa, em agenda em São Cristóvão, Witzel justificou: “Todas as verbas recebidas pelos juízes federais são de acordo com a lei, de acordo com as resoluções dos tribunal, do Conselho da Justiça Federal e auditadas pelo Tribunal de Contas da União”. Indagado se a manobra seria imoral, rebateu: “Em relação àquilo que está na lei (recebimento do abono), não há questionamento. O que não está na lei e é recebido, isso sim é imoral”.
A Justiça determinou que Eduardo Paes (DEM), adversário de Witzel na corrida eleitoral, retirasse postagem das redes sociais onde insinuava que Witzel não poderia disputar a eleição por ser ficha suja. No vídeo, o ex-prefeito do Rio dizia que o ex-juiz deixou a magistratura enquanto respondia a processo no Conselho Nacional de Justiça. Paes terá que ceder em seu Facebook direito de resposta a Witzel.
Para o advogado eleitoral Carlos Frota, a suposta inelegibilidade não procede: “Houve preclusão, uma vez que já se encerrou o prazo para impugnação de registro”.
FAKE NEWS E PRESIDENCIÁVEIS
Ontem, os presidenciáveis trocaram acusações por causa da divulgação de fake news, as notícias falsas publicadas em redes sociais. Fernando Haddad (PT) questionou uma postagem de Carlos Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, que reproduziu uma notícia falsa, relacionando o petista a uma suposta defesa ao incesto. “Qual o limite da loucura do meu adversário? Acusar um oponente de defender o incesto. Onde nós vamos parar?”, questionou.
Jair Bolsonaro (PSL) usou a sua conta no Twitter para criticar uma informação falsa que foi publicada pelo petista em seu perfil e depois apagada. “Após mentir descaradamente que votei contra os deficientes, o marmita de corrupto preso também apagou as acusações como se nada tivesse acontecido. A mentira nunca vencerá a verdade!”, escreveu Bolsonaro.