Dani Bumbum se entrega à polícia após morte de microempresária
Justiça havia decretado prisão de Danielle, que já tinha anotação por posse de substância proibida. Fernanda foi enterrada ontem
Danielle Cândido Cardoso, de 37 anos, conhecida também como Dani Bumbum ou Dani Sereia, suspeita de realizar procedimento estético nos glúteos e lábios na microempresária Fernanda Assis, de 29 anos, que morreu no sábado, se entregou à polícia na tarde de ontem. Ela teve prisão temporária decretada pela Justiça.
De acordo com a polícia, Dani Bumbum tem uma anotação por posse de substâncias injetáveis proibidas na delegacia de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O registro é de 2015. Na decisão, a juíza Livia de Castro destacou que testemunhas reconheceram Danielle como a responsável pelas operações.
“Além disso, a Sra. Danielle, após denúncia anônima, foi encontrada na posse de farto material utilizado na realização do procedimento o qual Fernanda foi vítima”, ressaltou a magistrada. Na manhã de ontem, policiais estiveram na casa de Danielle, em Mesquita, na Baixada, mas ela não havia sido encontrada. Dani Bumbum responderá por homicídio e exercício ilegal da medicina.
Pelas redes sociais, o companheiro de Fernanda, Alex Fernando, fez um apelo para que outras clientes de Dani Bumbum denunciem o caso à polícia. “Me trás um pouco de conforto saber que ela se entregou pra pagar pelo que fez com a minha Fernanda. Peço a todos que passaram por esse procedimento pelas mãos dela que denunciem para que ela pague, para que não continue fazendo isso com outras pessoas”.
Fernanda foi enterrada ontem, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. A microempresária morreu no sábado, nove dias após ser submetida ao procedimento em sua própria casa, em An- chieta. Segundo o delegado Roberto Ramos, da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), Fernanda, que tinha uma clínica de bronzeamento em casa, pagou R$ 1 mil pelo preenchimento, feito em 4 de outubro.
Segundo as investigações, Fernanda foi submetida ao uso de Aqualift, hidrogel modelador de venda restrita para médicos, nos lábios e glúteos. Uma amiga da vítima, que não quis se identificar, disse que o objetivo da microempresária era corrigir falhas decorrentes de outro preenchimento feito por outra pessoa há menos de um ano.