Policial é morto a tiros na Pavuna

Delegado diz que agente da 31ª DP era envolvido em esquema de contrabando de cigarros

Um policial civil foi morto a tiros, na manhã de ontem, na Pavuna. Câmeras de segurança flagraram dois homens encapuzados em um Renault Sandero atirando diversas vezes em direção ao carro de Claudezio de Souza Gomes, que era lotado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque). Ele foi socorrido por PMs para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com o delegado Mauricio Demetrio, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), Claudezio estava envolvido em um esquema de cigarros falsos e contrabandeados. Ele seria responsável por um grupo criminoso, segundo as investigações. A suspeita é de que o agente tenha sido morto em uma emboscada por disputa pelo contrabando dos produtos.

A polícia investiga se o agente estava envolvido com a venda de cigarros contrabandeados na Feirinha da Pavuna. Inclusive, Claudezio já estaria jurado de morte pelos rivais. Segundo Demetrio, o policial seria preso após o segundo turno, porque a lei eleitoral não permite que prisões até o final das eleições, apenas em flagrante são permitidas.

MAIS DE 30 DISPAROS

Pelo menos 37 tiros de fuzil foram disparados contra o carro do agente. “Não descartamos nenhuma hipótese, pois aqui é comum assaltarem de fuzil. Essa área é muito perigosa. O que dá para dizer é que não houve revide do policial. Apreendemos as duas armas da Polícia Civil que ele portava (uma pistola e um revólver 38) que estavam carregadas”, declarou o delegado da DH Pedro Pilher. De acordo com investigadores, o carro que o policial foi morto é o mesmo que foi utilizado para roubar uma carga de cigarros há uma semana.

No momento do crime, várias pessoas estavam na porta de uma padaria. Houve correria e muitos se jogaram no chão para se protegerem dos tiros. As paredes da Igreja Santo Antônio, perto dali, foram atingidas por pelo menos cinco disparos.