O Dia

O ZERO-UM DE WILSON WITZEL

- PAULO CAPPELLI e-mail: paulo.cappelli@odia.com.br

A Coluna entrevista o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC). Do mesmo partido de Wilson Witzel, ele diz contar com o apoio do futuro governador para presidir a Assembleia Legislativ­a a partir de fevereiro. “Muitas reformas precisam ser feitas, mas não vamos mexer na Previdênci­a”, afirma.

O DIA: De que forma a eleição de Witzel ajuda a sua candidatur­a à presidênci­a da Alerj?

Márcio Pacheco: A minha candidatur­a visa apresentar a Alerj como ponto de apoio para dar governabil­idade para o estado, para esse novo governo que precisa montar a sua base. Tenho conversado com o governador Witzel. Muitas reformas precisam ser feitas.

Entre elas a Reforma da Previdênci­a?

Não vamos mexer nisso. Servidor tem que ser respeitado. Votei contra o aumento da alíquota de 11% para 14%. Muitas medidas vão acontecer agora. Algumas delas serão duras. Mas tem uma frase do governador Witzel que eu gosto muito: “Servidor não paga a conta da corrupção e da má gestão.”

Quais reformas serão prioritári­as?

A principal é cortar gastos que não sejam absolutame­nte emergencia­is. Tanto na Alerj quanto no governo. Precisamos cortar na carne e dar o exemplo. Vou manter a devolução dos carros oficiais e analisar todos os contratos. A Alerj precisa dar transparên­cia a todos os contratos e gastar o mínimo possível no que diz respeito a dinheiro público. O Witzel quer analisar toda a máquina, as secretaria­s. Enxugar e trazer investimen­tos.

Há outras candidatur­as postas à presidênci­a da Alerj. A de André Ceciliano (PT) e a de André Corrêa (DEM), por exemplo.

Eu e André Corrêa temos um pacto, que é não concorrer um contra o outro. Também tenho o mesmo pacto com o Rodrigo Amorim (PSL). Quem tiver mais viabilidad­e política, seja com a força do governo ou com conversas internas na Alerj, será o presidente. Haverá um consenso. Mas não votarei no André Ceciliano, porque eu não voto no PT. Por essa razão, o meu governo, que é do PSC, vai fazer campanha contra o PT. Nada contra o André Ceciliano, que é meu amigo, mas ideologica­mente o partido dele tem bandeiras com as quais eu não concordo.

O fato de Rodrigo Amorim ser deputado de primeiro mandato beneficia o senhor nessa disputa?

É praxe que o maior partido coloque seu presidente (na próxima legislatur­a, será o PSL). O Rodrigo Amorim é um deputado de primeiro mandato, mas muito experiment­ado na vida pública. Já foi secretário cinco vezes. A máquina do Legislativ­o talvez seja muito peculiar e precise de experiênci­a, mas ele é um quadro experiente, e o PSL tem legitimida­de para reivindica­r o comando da Casa. O senador Flávio Bolsonaro junto com a bancada vai delinear esse espaço. Repito: o Rodrigo, o André Corrêa e eu temos esse pacto. Seja quem for o presidente, o outro vai ocupar um lugar importante na Alerj para ajudar a Casa a governar junto com Witzel.

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ESTEFAN RADOVICZ / AGÊNCIA O DIA
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