Defensoria e MP vão acompanhar cortes
> Paulo Pinheiro e o Sindicato dos Médicos (SinMed-RJ) procuraram ontem o Ministério Público e a Defensoria Pública para solicitar medidas contra os cortes, e denunciaram más condições de trabalho e atendimento nos hospitais. As denúncias serão acompanhadas pelas promotorias de Tutela Coletiva da Saúde e pela Coordenação de Saúde e Tutela Coletiva da Defensoria. Pela manhã, profissionais de saúde fizeram manifestação na Câmara. “Na Atenção Primária, temos seis (em total de dez) áreas programáticas com atrasos salariais ou pagamentos incompletos”, afirmou Alexandre Telles, diretor do SinMed-RJ. A Atenção Primária anunciou greve a partir de amanhã, mantendo atendimentos de urgência.
Messina atribuiu os problemas ao ex-prefeito Eduardo Paes. Classificou como “ilegal” o crescimento desordenado das equipes no período eleitoral de 2016 e ressaltou que a municipalização de dois hospitais deixou dívidas para a atual gestão. Paes afirmou que a expansão do programa para 70% da população era meta do plano estratégico, aprovada pela Câmara Municipal com voto favorável de Messina quando vereador.
Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade e ex-secretário de Saúde de Paes, Daniel Soranz criticou a redução de R$ 700 milhões para a Saúde na proposta orçamentária de 2019 enviada à Câmara. “Em vez de cortar publicidade e assessores, cortou um serviço essencial, o que vai aumentar gastos dos hospitais e das UPAs”. “Em tempos de crise, em que o prefeito anuncia fechamento de Clínicas da Família, não dá para entender tanto dinheiro gasto em comunicação”, lamentou a vereadora Teresa Bergher (PSDB).