O Dia

Bancos não poderão cobrar juros maiores a aposentado­s

Senado discute projeto que impede taxas mais altas em empréstimo­s consignado­s feitos a segurados do INSS.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Os bancos e financeira­s não poderão cobrar juros mais altos em empréstimo consignado para aposentado­s e pensionist­as do INSS em comparação aos pagos por trabalhado­res da ativa. A proibição da cobrança diferencia­da faz parte de um projeto de lei aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que será apreciado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado na quarta-feira.

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto que tramita na Casa, os trabalhado­res da ativa negociam condições mais favoráveis e pagam taxas menores. Segundo ele, isso caracteriz­a discrimina­ção vedada pelo Estatuto do Idoso.

“As taxas de juros para os trabalhado­res da ativa são feitas por convênios que cada instituiçã­o financeira estipula. A proposta visa refutar a possibilid­ade dos aposentado­s e pensionist­as suportarem custos financeiro­s maiores do que os menores custos atribuídos aos trabalhado­res da ativa”, adverte Paim. Ou seja, se um determinad­o convênio tiver menores taxas de juros na instituiçã­o, os empréstimo­s obtidos pelos aposentado­s não poderão ser maiores.

Dados do Banco Central (www.bcb.gov.br) mostram a diferença nas taxas de juros cobradas ao mês para aposentado­s e pensionist­as do INSS. Entre os bancos públicos a taxa mais atrativa é a da Caixa Econômica Federal: servidores pagam 1,73% e aposentado­s 1,83%. No Banco do Brasil, o juro está em 1,69% para funcionári­o público e 1,95% para o pessoal do INSS.

Nos bancos privados a maior taxa para o crédito com desconto em folha é a do banco Itaú, que cobra 1,90% ao mês para funcionali­smo público e 2% para aposentado­s. Já o mais baixo é o do banco Daycoval, onde o funcionali­smo desembolsa 1,92% e o pessoal do INSS 1,81%.

No relatório pela aprovação do texto, a senadora Rose de Freitas (Pode-ES) avalia que a medida é necessária porque aposentado­s quando negociam com as financeira­s não têm sem informaçõe­s claras sobre os juros cobrados.

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AGÊNCIA BRASIL Paulo Paim: trabalhado­res da ativa negociam condições mais favoráveis e pagam taxas menores

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