Oposição começa a se organizar

> Os líderes do PDT, PSB e PCdoB na Câmara dos Deputados anunciaram ontem que os três partidos atuarão em conjunto na oposição ao governo de Jair Bolsonaro. O bloco terá um total de 69 parlamentares em 2019.

O PT não foi convidado a compor o bloco e deverá atuar de forma independente. O partido de Lula perdeu deputados tem atualmente 69 -, mas ainda é o maior da Câmara, com 56 deputados.

O líder do PDT, André Figueiredo (CE), disse ao Estado de S. Paulo que as três legendas farão uma oposição “construtiva e afirmativa” e não serão automaticamente contra todos os projetos encaminhados pelo Executivo. “Reconhecemos a legitimidade do Bolsonaro que foi eleito com 57 milhões de votos”, disse o deputado. “Vamos trabalhar para que o Brasil possa sair da situação de crise, mas sem retirar direitos que já foram retirados nos últimos dois anos”.

O PSDB está à beira de outra crise interna. Os governadores eleitos pelo partido em São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul querem a legenda alinhada a Bolsonaro, em especial o paulista João Doria. Figuras que outrora tiveram destaque na legenda rejeitam a ideia. “Melhor esperar e torcer para o Brasil dar certo. Com crítica construtiva, sem adesão oportunística”, escreveu o ex-presidente Fernando Henrique, ontem, no Twitter.