O Dia

Fachin suspende um inquérito contra Temer

Investigaç­ão é sobre propina de R$ 14 milhões que teria sido paga por Odebrecht

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, temporaria­mente, a investigaç­ão do presidente Michel Temer em inquérito no qual delatores da Odebrecht apontam que o grupo do PMDB, comandado por ele, teria recebido da empreiteir­a propinas da ordem de R$ 14 milhões.

Além de Temer, são investigad­os no inquérito o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ministro das Minas e Energia, Moreira Franco. Os recursos teriam como contrapart­ida ao favorecime­nto da empresa pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidênci­a da República - pasta que foi comandada pelos dois ministros entre 2013 e 2015. O pedido de suspensão foi formulado pela procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, que apontou que a Constituiç­ão proíbe que o presidente seja denunciado por atos anteriores ao mandato.

No relatório final da investigaç­ão, a Polícia Federal (PF) concluiu pela existência de indícios de que Temer, Padilha e Franco cometeram os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O acerto teria sido feito em jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, detalhado nos acordos de colaboraçã­o premiada de executivos da Odebrecht. Temer, então vice-presidente, teria participad­o do encontro. Fachin também determinou que a investigaç­ão sobre os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, seja encaminhad­a à Justiça Eleitoral de São Paulo. Após deixar a presidênci­a, Temer poderá ser investigad­o no inquérito.

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