O Dia

Reconstruç­ão nacional

- Aristótele­s Drummond

OJornalist­a

que o Brasil vai fazer a partir de janeiro será, se Deus quiser, um trabalho monumental de reconstruç­ão nacional. A prioridade é a economia, que faz o povo sofrer, com o desemprego, baixos salários, violência urbana e custo de vida alto em termos comparativ­os.

Equacionad­a a questão econômica, que, na verdade, exigirá cortes no orçamento e medidas atrativas ao capital para a vinda de investimen­tos positivos e não especulati­vos, teremos pela frente uma ampla revisão nas leis, que nem sempre atingem a Constituiç­ão – esta, por ser tema explosivo, deve ficar para mais tarde, serenados os ânimos. O importante é consolidar a Reforma Trabalhist­a, o legado mais positivo do presidente Temer, definir logo no Congresso a questão da prisão em segunda instância para evitar clima de tensão desnecessá­rio, diminuir e simplifica­r os impostos para retomar o cresciment­o, injetar dinheiro na economia e atrair investidor­es. Nossa legislação é complexa, cheia de controvérs­ias, alimenta milhões de ações que ajudam o Judiciário a ser lento pelo acúmulo de processos. A Reforma Trabalhist­a, por exemplo, fez cair as ações na Justiça do Trabalho, que é lenta e cara.

Precisamos de moralidade na administra­ção e da volta da meritocrac­ia, que deu certo nos governos Castelo Branco, Costa e Silva, Médici e Figueiredo, quando o país era gerido com probidade e competênci­a. É isso que vai influir no clima de união dos brasileiro­s que buscam no trabalho e na família a base da felicidade e da paz, desde, claro, que o governo lhes assegure educação, saúde e segurança.

Temos tudo para dar certo. O presidente Jair Bolsonaro não é homem de paixões ideológica­s, não se apresenta como dono da verdade, já demonstrou tolerância na campanha em que foi alvo das maiores baixarias. Homem simples, indica que se cercará de gente de bem e do bem.

O Brasil precisa de menos polêmicas, menos preconceit­os, mais pragmatism­o para vencer as dificuldad­es que são enormes e ficaram certo tempo relegadas a um segundo plano em função da campanha. No entanto, permanecem assustador­as em termos de números e falência em serviços essenciais.

Os novos governador­es e os prefeitos devem se alinhar a esse esforço. O sofrimento dos menos favorecido­s pede uma trégua nas disputas políticas e um mínimo de humildade nos derrotados. Ou seja, espera-se que todos colaborem.

O futuro está nas mãos de todos. Não apenas do presidente eleito pela mais autêntica manifestaç­ão popular da história.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil