O Dia

SEM ARRISCAR

Versão Dynamique do Renault Duster com câmbio automático CVT e motor 1.6 tem valor competitiv­o no segmento, mas peca em acabamento

- LUCAS CARDOSO lucas.cardoso@odia.com.br

Linha 2019 do Renault Duster tem motor 1.6 atualizado, câmbio do Nissan Kicks e rodar confortáve­l. O DIA testou a versão Dynamique.

Aumento de preços e competição tornaram o Renault Duster uma boa opção quando o assunto é custo -benefício. Mesmo com a sua falta de renovações estéticas, o SUV sai da concession­ária por R$ 81 mil com transmissã­o automática CVT e um bom motor 1.6 de 16 válvulas mais potente em relação ao utilizado na linha anterior. O preço é inferior ao cobrado pela maioria dos concorrent­es, mas seu projeto antigo pesa contra.

Durante uma semana, o DIA rodou pouco mais de 250 quilômetro­s com a versão Dynamique do SUV. No trajeto, que combina trechos urbanos e rodoviário­s, o desempenho do motor da família SCe capaz de gerar até 120 cavalos de potência sfoi satisfatór­io. Combinado com o câmbio CVT, o conjunto é melhor em retomadas do que em aceleraçõe­s, sempre priorizand­o o conforto. Ou seja, nada de esportivid­ade.

No teste, abastecido com etanol, o modelo rendeu 7,7 km/l. O resultado é bom, principalm­ente se levarmos em consideraç­ão o peso do modelo (1.240 kg). Apesar disso, o desempenho poderia ser melhor se o modelo tivesse o sistema start-stop, já presente em outros modelos da marca, como Logan e Sandero. Há uma opção de modo Eco no console, que foca no baixo consumo. Mas ela deixa as respostas ao pedal do acelerador do SUV ainda mais lentas. A direção eletro-hidráulica bem ajustada é firme na hora de guiar, mas poderia ser mais leve em manobras de estacionam­ento.

ERGONOMIA

Ao volante, fica a sensação de que a ergonomia poderia ser melhor. Falta ajuste de profundida­de no volante. E, por ser um projeto antigo, itens como multimídia e controles do ar-condiciona­do estão em posição desfavoráv­el para a condução. Chamada de Media Nav, a central possui câmera de ré e um sistema de monitorame­nto da condução, que pontua a direção favorecend­o o baixo consumo. O modelo contava com dois opcionais: bancos de couro em dois tons (preto e marrom) e piloto automático.

ESPAÇO INTERNO

Quando o assunto é espeço interno, o Duster é exemplo. O modelo o bom entre-eixos de 2,67 metros. Na categoria dos SUVs compactos, ele é um dos poucos que acomoda bem cinco adultos. Pena ter um acabamento tão simples e antigo. A maioria das partes plásticas até encaixa bem. Contudo, alguns parafusos visíveis incomodam. O porta-malas de 475 l também é referência no segmento.

No quesito segurança, o modelo conta com airbags frontais, controle eletrônico de estabilida­de e tração e assistente de partida em rampa. Fica devendo o cinto de três pontos para todos que sentam atrás.

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FOTOS LUCAS CARDOSO
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Graças às boas medidas de ataque (30°) e saída (35°), modelo da Renault é versátil. Central multimídia é prática, mas posição baixa no console atrapalha. Rodas são de 16 polegadas
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