Escolha divide opiniões entre juristas e políticos
> As reações ao entendimento entre Jair Bolsonaro e Moro para que o juiz da Lava Jato ocupe o Ministério da Justiça a partir de janeiro causou reações variadas. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a “escolha foi a que a sociedade brasileira o faria se consultada”. “Excelente nome”, afirmou, acrescentando que Moro imprimirá “sua marca indelével no combate à corrupção”. Já o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto disse que a nomeação prejudica “a boa imagem” do Judiciário”, o qual deveria zelar pela separação e independência dos Poderes.
Responsável pela Operação Lava Jato no Rio, o juiz Marcelo Bretas desejou “sucesso” a Moro. “Competência profissional e dignidade pessoal não lhe faltam para exercer as maiores funções em nossa República”.
Já o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) receberam a notícia com entusiasmo. Eles afirmaram que “mudanças reais podem afinal ser esperadas no âmbito da Justiça e Segurança Pública”.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que Moro “ajudou a eleger, vai ajudar a governar”. Para ela, o acerto reforça a tese de que o magistrado agiu politicamente nos casos relacionados ao ex-presidente Lula.”Ao aceitar convite para ser ministro de Bolsonaro, parcialidade e intenções políticas de juiz ficam ainda mais claras ‘aos olhos do Brasil e do mundo”, disse o PT, em nota.
Já o ex-prefeito Cesar Maia comentou em seu Twitter: “Máxima dos políticos sêniores: nunca nomeie quem você não pode demitir”.