Eduardo Bolsonaro notificado para se defender
> O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro que deverá ocupar a liderança do partido do pai na Câmara, foi notificado na terça-feira pela Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal (STF) para se manifestar sobre denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de ameaçar uma jornalista com quem teria tido um relacionamento.
O Supremo tentava há mais de 20 dias intimar o parlamentar. Um oficial de Justiça foi diariamente ao gabinete dele em Brasília, mas enfrentava dificuldades para localizá-lo.
Reeleito com a maior votação de um deputado federal na história, Eduardo Bolsonaro entrou no foco do segundo turno das eleições ao dizer que “basta um soldado e um cabo para fechar o STF”.
De acordo com a denúncia da PGR, o parlamentar enviou várias mensagens pelo Telegram à jornalista Patrícia Lélis dizendo que ela “se arrependeria de ter nascido” e ele iria “acabar com a vida dela”. Em abril, o deputado divulgou vídeo de oito minutos desqualificando a jornalista, acusou -a de ser “mitomaníaca” (com o hábito de mentir) e de inventar histórias envolvendo outras pessoas.
Patrícia foi à Delegacia de Atendimento à Mulher, em Brasília, e registrou queixa por injúria e ameaça. “Eu agi dentro da lei; levei as mensagens para a delegacia, onde a delegada averiguou o CPF dele”, conta.