ONU reprova embargo a Cuba pela 27ª vez
> Pelo 27º ano seguido, a Assembleia Geral da ONU condenou o embargo econômico estadunidense imposto a Cuba, há 56 anos. Mais uma vez, as Nações Unidas rejeitaram o discurso norte-americano que condena o histórico de defesa aos direitos humanos no país vizinho.
A resolução, que pede o fim do embargo imposto a Cuba, foi apoiada por 189 países e rejeitada apenas pelos Estados Unidos e por Israel, assim como no ano passado. Ucrânia e Moldávia não votaram. Em 2016, durante o governo Obama, os EUA optaram pela neutralidade pela primeira vez desde o embargo. O presidente Trump, entretanto, restabeleceu a tensão entre os países.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou que os EUA tentam “criar confusão”. “O governo dos Estados Unidos não tem a menor autoridade para criticar Cuba nem ninguém em matéria de direitos humanos”, declarou o chanceler.
O governo cubano calcula que US$ 134,4 bilhões (câmbio atual) deixaram de entrar na ilha desde que o presidente John F. Kennedy impôs o embargo a Cuba, em fevereiro de 1962, menos de um ano após Fidel Castro implementar a Revolução Socialista Cubana.
De Moscou, o presidente Miguel Díaz-Canel, comemorou a vitória. “Os Estados Unidos sofrem dez derrotas em uma. Os povos do mundo votaram em Cuba porque sabem que nossa causa é realmente justa”, tuitou.
No entanto, Haley afirmou que o voto anual para condenar o bloqueio contra Cuba “é uma perda de tempo”. “Nos 27 anos que temos esse debate, nada mudou em Cuba”, afirmou.